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Com R$ 200 em mãos, qualquer cidadão brasileiro já pode comprar títulos da dívida pública do país. Para isso, tem de acessar a internet, no endereço www.tesourofazenda.gov.br. O programa, batizado de Tesouro Direto, já vendeu R$ 1 bilhão de títulos públicos. Nesta quarta-feira, em reunião no Palácio do Planalto, o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, comemorou a marca, em cerimônia da qual participou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Tesouro Direto foi criado em 2002 e as vendas começaram em janeiro de 2003. O investimento mínimo é de R$ 200 e o máximo de R$ 400 mil. Ao fim da apresentação, o presidente expôs algumas dúvidas e pediu mais divulgação para o programa.

- Sou favorável que façamos uma campanha porque vai financiar a dívida pública. É mais uma garantia para o Tesouro Nacional e para o poupador. Se o povo poupador souber que tem possibilidade de poupar com o Tesouro e que vai ganhar mais, por que não fazer? - perguntou o presidente a Levy.

Levy esclareceu as dúvidas do presidente Lula, que quis saber se o título público poderia competir com a poupança, se com as vendas pela Internet acaba a figura do banco como "atravessador" na compra de títulos pré-fixados, e por que ele, presidente, não pôde comprar um título da dívida pública no Tesouro Direto.

- Eu queria dar o exemplo e mostrar para o poupador que era um investimento interessante - justificou Lula.

O secretário explicou que o perfil do investidor do Tesouro Direto é diferente de quem tem poupança. Para ele, os dois tipos de investimentos podem ser complementares, não competem.

- Até hoje não vi concorrência, a poupança continua forte - disse Levy, acrescentando que, além das vendas pela Internet - onde o investidor se cadastra, registra uma senha e acompanha a evolução de seu investimento passo a passo - os investidores também recorrem a bancos e corretoras para comprar os títulos públicos.

Sobre a restrição do presidente investir na compra de um papel da dívida pública, Levy esclareceu que se trata do código de ética da administração pública.

- Nós que temos influência no comportamento do título público, não podemos investir no título público. É uma restrição, mas como é de ética, faz bem para o país - concluiu o secretário.

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