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O governador Roberto Requião abriu a reunião do secretariado desta terça-feira, em Curitiba, com denúncia contra a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Ele acusou a entidade de manipular a participação de agricultores na audiência pública sobre os portos de Paranaguá e Antonina, realizada nesta segunda-feira na Assembléia Legislativa. A sessão foi marcada por muita discussão sobre a federalização do Porto de Paranaguá e transgenia.

Na reunião, Requião fez as críticas ao ler uma reportagem publicada na agência de notícias do governo do estado. De acordo com o texto, a "viagem, transporte, estada e alimentação foram bancados pela Faep", feitos através dos sindicatos rurais patronais, conforme informações de um agricultor de Catanduvas, no Oeste. O governador leu trechos ainda onde manifestantes afirmam não saber do que se tratava a audiência.

Requião afirmou ainda que a maioria dos agricultores presentes não é de produtores de soja. Segundo o governador, boa parte dos manifestantes havia se dispersado em três ônibus durante a sessão, "preferiram conhecer os pontos turísticos de Curitiba". Requião classificou o fato como "molecagem", afirmando que "isto foi o que meu amigo Ágide Meneguette (presidente da Faep) montou na Assembléia Legislativa.

Outro lado

O presidente da Faep rebateu as críticas de Requião no final da manhã desta terça, em entrevista à Rádio CBN. Em resposta, Meneguette disse que a Federação pediu aos sindicatos rurais que organizassem os agricultores para participarem da audiência, explicando o significado e importância das discussões.

Meneguette defendeu-se, afirmando que "molecagem é deixar o porto ser sucateado por falta de investimentos. O governo do estado rejeitou recursos da ordem de 190 milhões de reais para modernizar o ampliar o porto e esse dinheiro agora está perdido. Molecagem é proibir o embarque de transgênico, desrespeitando a lei federal, sob a falsa alegação de que o porto não pode segregar soja transgênica da não-transgênica". O presidente da Faep concluiu a entrevista dizendo que "a Faep é a favor do direito do produtor de escolher o que quer plantar no Paraná".

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