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Os serviços não-financeiros, com receita operacional líquida de R$ 326,6 bilhões em 2003, empregaram 6,8 milhões de pessoas, segundo a pesquisa anual de serviços do IBGE. Apesar da queda real da receita, de 4,2% de 2002 a 2003, o pessoal ocupado ficou praticamente estável.

Mas na comparação com 1998, quando a pesquisa foi iniciada, mostra uma mudança estrutural no mercado de trabalho: o setor é o que mais vem absorvendo mão de obra na economia, inclusive de trabalhadores oriundos da indústria e da agricultura. A expansão de 28,4% no total de pessoas ocupadas entre 1998 e 2003 foi mais expressiva que a da população economicamente ativa (PEA), que foi de 14,2% no período.

Segundo Clician Oliveira, gerente de análise de dados da coordenação de serviços e comércio do IBGE, o crescimento da ocupação no setor de serviços é relevante e mostra uma reestruturação, inclusive com substituição de empregados por empresas prestadores dos mesmos serviços.

- O setor de serviços foi equivalente 53% do PIB em 2003 e tende a crescer ainda mais. Em países como EUA, chega a representar 80% do PIB - diz a gerente do IBGE.

Os segmentos que mais contribuíram para a redução da receita em 2003 foram serviços de informação (-1,3%), com destaque para atividades de informática, e também pelos serviços prestados às empresas (-1,3%), cuja maior influência negativa foi dos serviços técnico-profissionais.

As empresas de serviços de informação, em especial as de telecomunicações, mantiveram a liderança do ranking e abocanharam a maior fatia do bolo, com R$ 100,3 bilhões. Desse total, 69,7%, ficaram com as empresas de telecomunicações que, contudo respondem por apenas 3,9% das 37.609 empresas do setor de informação.

Os serviços complementares de telecomunicações por fio totalizaram a maior receita do grupo (R$ 9,989 bilhões). O serviço fixo-móvel (R$ 7,319 bilhões) subiu para a segunda posição que antes pertencia à telefonia fixa chamadas interurbanas, que caiu para terceiro do ranking. O grande destaque foi o serviço de interconexão de telecomunicação sem fio, que subiu de sétimo em 2002 para quarta posição, atingindo receita de R$ 6,503 bilhões.

No total, o IBGE contabilizou 992.748 empresas atuando no setor de serviços não-financeiros no país. A maiora está no ramo de serviços prestados às famílias (alojamento, serviços culturais, ensino) que conta com 366,8 mil empresas, mas tem receita de apenas R$ 31 bilhões ou 9,5% do setor do faturamento do segmento de serviços não financeiros. O salário médio mensal pago neste segmento foi de 1,6 salários-mínimos, contra oito salários mínimos (R$ 2,4 mil) pagos pelo setor de informação, que paga os valores médios mais altos do setor de serviços.

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