Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em greve há quase dois meses, decidiram por unanimidade dar continuidade à paralisação. Em assembléia realizada nesta quarta-feira em Curitiba, bem como nas principais cidades do estado, como Cascavel, Londrina, Guarapuava e Ponta Grossa, os funcionários negaram o pedidofeito nesta terça pelo novo ministro da Previdência Social, Nelson Machado. Nesta terça-feira, Machado pediu para que os servidores proponham uma alternativa para por fim a paralisação. A diretora jurídica do Sindicato dos Servidores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social (Sindiprevs), Jaqueline Mendes Gusmão, não acredita na possibilidade de um acordo. "Todo mundo reclama que fazemos greve todos os anos. Fazemos sim, mas porque nunca atendem nossas reivindicações".

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O impasse nas negociações acontece em dois pontos. O governo exige que haja uma avaliação de desempenho e tenta manter a desigualdade existente entre os benefícios dos servidores da ativa e os aposentados. "Nós não aceitamos isso. Somos contra a avaliação de desempenho e exigimos igualdade de condições", afirma Jaqueline. Além disso, os servidores da Previdência pedem que a bonificação de 47,11% seja paga em três anos, e não em seis como quer o governo.

Na sexta-feira acontece uma plenária em Brasília com representantes do Brasil todo para decidir quais serão os rumos do movimento. Em Curitiba, durante um café da manhã ofertado à imprensa será apresentada uma carta aberta à população esclarecendo os motivos da greve e reivindicações dos servidores.

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O último balanço da greve divulgado pelo ministério da Previdência indica que a paralisação atingiu 28,19% das agências do INSS em todo País. O restante manteve o atendimento, mesmo que parcial. A greve já dura 55 dias.

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