Em vez da estabilização, o espetáculo do crescimento. Essa foi a boa surpresa registrada pelo setor varejista online dos Estados Unidos nas vendas de fim de ano, conforme revelam resultados preliminares de duas pesquisas divulgados nesta quinta-feira. Com o desempenho, considerado surpreendente depois de uma década de ganhos vertiginosos, lojas tradicionais como a Wal-Mart e a Target consolidaram suas fortes posições no comércio via internet.

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De acordo com um dos levantamentos realizados, no caso, pelo instituto de pesquisas ComScore Networks, os internautas gastaram, nos meses de novembro e dezembro, cerca de US$ 18,1 bilhões, o que representa um crescimento de 25% sobre igual período de 2004. As informações são da edição online do New York Times desta sexta-feira.

Já a pesquisa divulgada pela Nielsen/NetRatings, outra empresa renomada, revelou que as compras totalizaram no mesmo período US$ 30,1 bilhões, com um aumento de 30%. A exemplo da ComScore, a Nielsen constatou que a principal contribuição para o bom desempenho foram os gastos dos consumidores em sites de compras por leilão, como o eBay.

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Nos Estados Unidos, o comércio online ainda representa menos de 6% das vendas totais do comércio varejista, mas os números das pesquisas indicam que o segmento está cada vez mais incorporado aos hábitos do consumidor americano.

Nas festas deste fim de ano, cerca de 33% dos americanos efetuaram algum tipo de compra online, acima de 10% estimados um ano antes. Os analistas não acreditam, entretanto, que o número de pessoas que fazem compras na web continue aumentando no mesmo ritmo. Para esses especialistas, o crescimento futuro das vendas vai depender do aumento do número de compradores.

Os dois sites que popularizaram as vendas online a partir da década de 1990, eBay e Amazon, voltaram a registrar bom desempenho neste fim de ano, mas os crescimento mais significativo das vendas foi observado em lojas tradicionais do comércio que passaram a levar mais a sério os negócios via internet.

A Wal-Mart foi o terceiro site mais popular, apenas atrás do Amazon e do eBay, e à frente de outros menos famosos como Target, Best Buy e Circuit City. Dentre as novidades deste ano estão a Neiman Marcus e a L. L. Bean que relataram ter recebido, pela primeira vez, mais pedidos pela internet que por telefone.

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