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O investidor que deixou suas economias na poupança perdeu para a inflação em janeiro. A previsão é que isso se repita em boa parte do ano. A caderneta só deve voltar a ficar atraente quando a inflação recuar e os juros das demais aplicações caírem, cenário fora do radar em 2015.

Em janeiro, a poupança rendeu 0,59% – bem abaixo do IPCA (índice oficial de inflação) de 1,24%, a maior taxa desde fevereiro de 2003. Nos últimos 12 meses, a caderneta perdeu menos: subiu 7,05%, ainda abaixo da inflação de 7,14%. A previsão para 2015 é que a poupança renda 7,44%. Já a projeção do mercado para o IPCA está hoje em 7,15%, mas tem subido semanalmente – no fim de 2014, a estimativa era de 6,53%.

Em 2014, a poupança já dava sinais de fraqueza, com ganho de 0,63 ponto percentual acima da inflação, o quarto menor desde o Plano Real. "O cliente precisa entender o quanto ele pode ganhar em uma aplicação com a mesma segurança da poupança, mas com rentabilidade maior", afirma Einar Rivero, gerente da consultoria Economática.

Foi o caso do advogado André Leão, que decidiu variar seus investimentos e aproveitar a Selic (taxa básica de juros) de 12,25% de olho na compra de um apartamento. "Tenho cerca de R$ 60 mil e decidi aplicar em fundos com risco moderado porque a poupança rende pouco." Entre os investimentos escolhidos, estão fundos multimercado, que misturam renda fixa e ações. Leão também investiu em aplicações que remuneram pelo CDI.

Com a perspectiva de crescimento fraco, o investidor pode se refugiar na renda fixa. O menor risco de errar é com papéis e fundos pós-fixados, com retorno atrelado à Selic.

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