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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

O Paraná realiza de hoje até dia 20 nova campanha de vacinação contra a aftosa e, de antemão, se diz pronto para enfrentar as duas avaliações sanitárias internacionais marcadas para este ano. A meta do governo do estado é que a vacina seja aplicada em 100% dos 9,4 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos. As organizações sanitárias sustentam que, se o índice histórico de 98% for atingido, não existe mais motivo para restrições à carne paranaense.

Dois anos após a ocorrência de aftosa em Mato Grosso do Sul, 52 países ainda embargam a carne paranaense, pela suspeita de que a doença também tenha atingido o estado, como apontou o próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A dúvida, que levou ao sacrifíco de 6.781 animais no estado, deixou de ser contestada. As campanhas de vacinação e o controle sobre o trânsito de animais foram reforçados pelo governo paranaense.

O lançamento da segunda campanha de vacinação deste ano ocorre hoje pela manhã, na Cabanha Rosazul, em Palmeira. O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, deve fazer um apelo aos criadores para que vacinem 100% do rebanho. Quem não vacinar pode ser multado em R$ 77,97 por animal.

Os esforços dos últimos dois anos são considerados suficientes. "O Paraná está livre da aftosa com vacinação, só não teve esse status reconhecido internacionalmente", disse ontem o integrante do Mapa que coordena o Programa de Erradicação da Febre Aftosa no estado, Valdir Mariot.

"O risco de ocorrência de novos focos é pequeno, menor que o de 2005. Isso não só pela consciência maior dos criadores, mas pelo esforço em se erradicar a aftosa em todo o continente", defende o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal do Paraná, Marco Antônio Teixeira Pinto. Ele refere-se às discussões dos países do Mercosul sobre como ampliar a vigilância sanitária.

As duas missões técnicas que virão ao Brasil vão verificar o sistema de controle sobre o trânsito de animais e o índice de vacinação. Além disso, devem conferir a capacidade de cada região de isolar imediatamente áreas que venham a registrar focos da doença.

A primeira missão representará a União Européia e emitirá relatório direcionado aos importadores da Europa. O grupo percorrerá o país entre os dias 6 e 14 deste mês e deve checar dúvidas sobre a sanidade da carne brasileira lançadas por concorrentes irlandeses. A outra missão fará sua avaliação em nome da Organização Internacional de Epizootias (OIE), cujo posicionamento serve de referência para importadores de todo o mundo. A chegada desse grupo ainda não tem data definida. Nenhuma das missões divulgou o roteiro que seguirá em suas visitas ao Brasil.

"É bom que eles venham para cá. Não teremos problemas", afirma o assessor técnico do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarnes) do Paraná, Gustavo Fanaya. A estimativa é que o estado esteja deixando de exportar cerca de US$ 1 milhão por dia em carne bovina por força da aftosa. As perdas se estendem aos suínos e às aves, que não contraem doença mas sofrem restrições por tabela.

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