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O Paraná declarou ontem que aceita a regionalização nacional da avicultura ao apresentar proposta de adesão ao Plano de Influenza Aviária e de Prevenção e Controle à Doença de Newcastle (as duas doenças afetam as aves). O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, entregou a proposta paranaense ao secretário nacional da Defesa Agropecuária, Inácio Afonso Kroetz.

Em 30 dias, o controle estadual da saúde e do trânsito das aves vai passar por auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A adesão dos estados à regionalização é voluntária até 31 de julho. Até agora, 11 estados aderiram ao plano e dois deles – Santa Catarina e Pernambuco – passam pelo processo de auditoria.

Os estados que tiverem sua atuação sanitária aprovada serão considerados áreas livres da gripe aviária e da doença de Newcastle pelo Mapa mesmo se houver aves doentes em outras regiões. O reconhecimento dessa malha de isolamento pela comunidade internacional ainda depende de negociações. Hoje, a Organização Internacional de Epizootias (OIE) adota a regionalização apenas para a aftosa, com um sistema de circuitos sanitários que envolvem um ou mais estados.

A proposta de adesão à regionalização da avicultura tem apoio dos representantes dos avicultores. Eles acreditam que o controle sanitário favorece a imagem da carne paranaense no exterior. Vão além disso: querem ampliar a abrangência do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado (Fundepec) do Paraná e, com isso, garantir indenizações não só aos bovinocultores, mas também aos criadores de aves em caso perdas na produção provocadas por doenças. Outra forma de incentivar os produtores a notificar qualquer caso de doença seria a criação de um fundo privado, defende o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins. A proposta de ampliação do Fundepec ainda não foi avaliada. A de criação de um fundo privado para emergências ainda será apresentada ao órgão.

A regionalização vem sendo imposta pelo Mapa através de Instrução Normativa. As regiões criadoras de aves serão classificadas de A a E. No primeiro grupo estarão as que adotam medidas sanitárias suficientes e no último, as piores. Os estados B, por exemplo, não poderão vender frangos para os que têm conceito A. As áreas C terão restrição em A e B, e assim por diante.

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