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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates| Foto: Pedro França/Agência Senado.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que o controle da refinaria de Mataripe, na Bahia, deve ser retomado ainda no primeiro semestre de 2024. O anúncio foi feito por Prates nas redes sociais logo após uma reunião com o presidente do conselho do fundo de investimentos Mubadala Capital.

A refinaria de Mataripe foi vendida, em 2021, pelo governo Bolsonaro para a Acelen, empresa do fundo Mubadala Capital. O Mubadala é o braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.

“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024. Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”, disse Prates pela rede social X, nesta terça-feira (13). 

Na publicação, Prates também afirmou ter conversado com os investidores “sobre os cenários do setor de petróleo e gás, bem como os efeitos da transição energética, seu ritmo realista e seu impacto em empresas estatais tradicionalmente operadoras de hidrocarbonetos”.

Em dezembro do ano passado, depois de meses de negociações com o fundo de investimentos, a Petrobras informou que "recebeu comunicação do Mubadala Capital propondo a formalização de discussões recentes sobre a formação de potencial parceria estratégica".

"A iniciativa tem como escopo negócios voltados ao refino tradicional, bem como o desenvolvimento de uma biorrefinaria, ambas no estado da Bahia", afirmou a Petrobras na época.

No início de janeiro de 2024, uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que a venda da refinaria foi feita abaixo do preço de mercado, decorrente principalmente da escolha do momento do negócio, durante a pandemia de Covid-19, quando a cotação internacional do petróleo estava em baixa.

O relatório não afirmou, de maneira categórica, que houve perda econômica com a venda da refinaria, no entanto, questionou o momento do negócio, argumentando que a Petrobras poderia ter esperado a recuperação do petróleo no mercado internacional.

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