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A funcionária pública Rosângela Borosch vai gastar cerca de R$ 300 para preparar a ceia da família e dos amigos | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
A funcionária pública Rosângela Borosch vai gastar cerca de R$ 300 para preparar a ceia da família e dos amigos| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
  • Veja quanto pode custar a ceia de natal

O preço dos produtos tradicionais da ceia de Natal tem uma variação média de 25% nas grandes redes de supermercados de Curitiba, segundo levantamento feito pela Gazeta do Povo. A tomada de preços apontou diferenças de até 228% para determinados produtos em algumas lojas. No Extra, por exemplo, o quilo da amêndoa sem casca custa R$ 32,40 – no Carrefour, o produto sai por R$ 106,42.

Para fazer o levantamento, fo­­ram verificados os preços de 13 produtos em seis redes varejistas e no Mercado Municipal nos dias 27 e 28 de outubro. A menor diferença foi encontrada na etiqueta do panetone de 500 gramas da marca Bauducco – variação de 23%. No BIG, o pão natalino custa R$ 11,28, enquanto no Pão de Açúcar o mesmo produto é vendido por R$ 13,90.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Paraná (Dieese-PR), Cid Cordeiro, afirma que a variação média de 25% entre os preços é incompatível com os padrões das redes de supermercados. "Não há uma razão lógica para variações tão grandes. Entre os hipermercados, a diferença de preços deveria ser mínima. Todos trabalham com poucos fornecedores, que atendem todas as empresas. Os supermercados têm liberdade para fixar preços, mas estão usando com grande dispersão entre si", explica.

Importados

O Dieese ainda não realizou pesquisas sobre o preço dos produtos natalinos em relação ao ano passado. A estimativa é que, com o dólar mais baixo, os alimentos e bens importados ganhem espaço nas gôndolas, com preços mais competitivos em relação ao similar nacional. "Tomando como referência as empresas que fecham seus preços em setembro, em 2009 o dólar valia R$ 1,82. No mesmo mês dete ano a cotação estava em R$ 1,72. Ou seja, uma queda de 5,5%. Isso vai afetar diretamente o preço dos importados."

Tradição

A funcionária pública Rosângela Borosch relata gastar R$200 para preparar a ceia, valor que é dividido entre os outros membros da família. Além disso, Rosângela recebe cerca de 35 convidados anualmente, que contribuem levando um prato cada um. "Neste ano os produtos estão mais caros, então provavelmente vamos gastar um total de R$300", estima.

Rosângela relata também que a preparação para a festa começa na semana anterior ao Natal. Ela faz uma visita prévia aos supermercados para comparar os preços dos produtos. "A gente prepara tudo, não compra nada pronto", diz.

O fato de o Natal ser uma festa tradicional de forte apelo afetivo, aliado ao aumento do poder de compra proporcionado pelo 13.º salário, tende a deixar o consumidor menos atento à variações de preço. Por isso Cid Cordeiro, do Dieese-PR, ressalta a importância da pesquisa antes das compras. "Hoje temos um mercado com nível de concorrência grande e pressão de produtos importados. O consumidor não deve baixar a guarda, para explorar o máximo possível o seu potencial de consumo", recomenda.

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