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Não fosse o caos aéreo, possivelmente os brasileiros estivessem passando pelo melhor momento para voar. Apesar do aumento de 9% em julho, na comparação com junho, os preços das passagens aéreas acumulam queda de quase 23% ao longo dos últimos 12 meses, aponta o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"Nunca esteve tão barato voar", resume o consultor André Castellini. "As empresas têm muitos aviões e a demanda está engessada por causa da falta de infra-estrutura. Isso gera promoções e preços baratos fora do horário de pico."

O consumidor parece concordar. Tanto que no "cabo de guerra" entre apagão aéreo e preço baixo, tem vencido o segundo – bom para as companhias aéreas. Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em junho deste ano elas venderam 11,2% mais passagens do que em junho de 2006.

O aumento dos preços nesta época é esperado por causa das férias escolares. "Julho é o melhor mês do ano para o setor. Os executivos não deixam de voar e a esse movimento soma-se o de férias", lembra o consultor Paulo Sampaio. A mesma explicação vale para quem tem sentido falta de promoções. Por isso, a expectativa, antes da queda do Airbus, era de que já em agosto elas reapareceriam, derrubando os preços.

De acordo com Valmor Hermes Duarte, presidente do grupo Metas e representante de um grupo de consolidadores – que revendem passagens para pequenas agências de viagem –, os preços caíram no fim do ano passado, logo após o início da crise aérea. "O que era esperado, porque os executivos não viajam nessa época e as companhias reduzem tarifas para manter a ocupação. Mas o aumento previsto para março não ocorreu." Em 2007, os preços subiram só no fim de maio e ainda não retornaram ao patamar esperado. "A acomodação dos preços pode dar a sensação, para o passageiro, de que ele está pagando mais. Mas não está." (CS)

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