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As geadas que atingiram a região há um mês ainda são alvo de reclamações em Maringá, sobretudo dos consumidores de hortaliças, que estão mais caras. A unidade local da Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa) prevê que os produtos só comecem a ser vendidos pelos preços anteriores ao frio intenso em 40 dias.

Diferentemente de outras culturas, a olericultura tem rápida produção e em pouco mais de um mês novos produtos devem ser comercializados. "Vai variar em até 90 dias para o produto estar novamente no mercado", explicou o gerente da unidade de Maringá da Ceasa, Paulo Cesar Venturin.

Os produtos de campo aberto foram os mais afetados pela geada e, por isso, seguem com preço mais alto. Já os que ficam em estufas, como o tomate, não foram atingidos pelo frio. Segundo a Ceasa, os produtos que tiveram maior alta na região foram a abobrinha, o pimentão, a berinjela, a beterraba, o brócolis, o jiló, o quiabo e todos os tipos de pepino.

Legumes como a abobrinha e pepino japonês subiram cerca de 60%, segundo o gerente da Ceasa. Atualmente a caixa de 20 quilos de abobrinha é vendida a R$ 65, contra os R$ 40 de julho. Já a caixa de pepino japonês é vendida por R$ 70, contra os R$ 43 anteriores.

As folhas apresentaram uma alta de cerca de 30%, segundo Venturi. No entanto, a couve-flor aumentou quase 70%. A dúzia é vendida atualmente a R$ 40. Em julho, a mesma quantidade era vendida a R$ 25.

O gerente do Ceasa explica que alguns produtos estão sendo comprados de estados como São Paulo e Minas Gerais para que não haja tanta variação.

"Os produtos das estufas não foram afetados, então os produtores conseguiram produzir bem. Em campo aberto, sem proteção, a geada afetou de 70% a 100% da produção de algumas hortaliças na nossa região", explicou Venturin. "A oferta está baixa, então os preços estão altos."

Vilão no primeiro semestre, o tomate agora se tornou um alívio para o bolso do consumidor. A Ceasa vendia a caixa de 22 quilos de tomate por até R$ 55. Agora, a mesma quantidade é encontrada por até R$ 25. Segundo o fiscal da Ceasa, Alfredo Custódio, outro fator que contribuiu é a época de colheita do tomate, que começou há quase um mês.

"O tomate de estufa quase não estragou, não foi atingido nem ficou em falta", disse o fiscal. "Entre Mauá da Serra e Maringá, muitos produtores têm estufa e produzem tomate em grande quantidade."

Enquanto a laranja permanece com o mesmo preço, Custódio citou outros dois produtos com baixa de preço: a batatinha e a cebola. O saco de 50 quilos da batatinha era comercializado pela Ceasa por R$ 120 antes da geada e, nesta terça-feira (20), saía por R$ 85. A queda do saco de 20 quilos da cebola foi de R$ 35 para R$ 28.

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