Os preços do petróleo subiram para o maior patamar nos últimos três meses e meio diante de ameaças de milícias da Nigéria de atacar empresas de petróleo e reduzir o provimento de petróleo da oitava maior exportadora mundial.
Os contratos do U.S. Light subiram US$ 2,33, fechando o dia a US$ 66,35. Em Londres, o Brent chegou aos US$ 65, com alta de US$ 1,82 no dia.
Um grupo de revolucionários denominado Movimento para a Emancipação do Delta do Níger assumiu o seqüestro de quatro empregados da petroleiras Shell, que continua retirando seu pessoal da zona por razões de segurança, informou nesta terça-feira a imprensa local.
A Shell é a maior operadora da Nigéria. O país fornece quase 2,5 milhões de barris por dia ao mercado internacional.
- A Nigéria sempre foi um local difícil mas agora os ataques estão se concentrando nas plataformas de petróleo. Isso nunca havia acontecido e, obviamente, é muito perigoso - disse Craig Pennington, analista de investimentos do banco Shroders.
A Agência Internacional de Energia se pronunciou sobre a capacidade mundial de abastecimento do mercado. Segundo a entidade, quase toda a capacidade ociosa de produção se concentra nos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e está em torno de 1,5 milhão de barris diários.
Para a agência, este nível está abaixo do que se poderia considerar "confortável".
O mercado deverá ficar pressionado com a redução da oferta da Nig´ria, em torno de 2,2 milhões de barris por dia, ou com uma interrupção das exportações iranianas, de cerca de 2,4 milhões de barris por dia.
Os Estados Unidos e a União Européia dizem que as conversas com o Irã falharam e que há suspeitas de que Teerã esteja desenvolvendo armamentos nucleares, apesar de negar.
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