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A escalada dos preços dos combustíveis, que assustou os consumidores depois do feriado de carnaval, ainda não terminou. Tanto a gasolina quanto o álcool devem subir na próxima semana devido à mudança na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que incide em 26% do preço médio da gasolina e em 14% do preço médio do álcool. A atualização do valor médio sobre o qual é cobrado o imposto já está programada pela Secretaria de Estado da Fazenda, segundo informou ontem a assessoria de imprensa. No caso da gasolina, a previsão do Sindicombustíveis é que o preço fique R$ 0,04 mais caro nas bombas. Não há cálculo para o álcool, porque há variáveis na cadeia de comercialização que não podem ser estimadas.

O aumento vai dificultar ainda mais a vida do consumidor, que já assimilou aumentos médios de 11% no álcool e de 4% na gasolina, só nesta semana. Para driblar a carestia, o jeito é procurar. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Procon no Paraná o preço da gasolina comum varia 11,62% e o do álcool 17,75% nos postos da capital.

Os preços da gasolina vão de R$ 2,40 a R$ 2,68 nos 30 postos pesquisados, uma diferença de 28 centavos por litro. Para o motorista que vai encher um tanque de 50 litros a conta pode ficar até R$ 14,00 mais cara. O preço médio da gasolina em Curitiba era ontem de R$ 2,57.

A variação do preço do álcool é ainda maior. Os postos cobram entre R$ 1,85 e R$ 2,18, diferença de R$ 0,33 por litro. O que significa até R$ 16,50 a mais na conta de quem vai encher um tanque de 50 litros. O preço médio na capital era de R$ 2,02. A pesquisa de preços foi realizada em quatro regiões e a amostra representa 15% do total de postos da capital.

Impostos

A Secretaria da Fazenda não quis adiantar a nova base de cálculo para a cobrança do ICMS, mas segundo o Sindicombustíveis ela deve ficar em R$ 2,75 para a gasolina e em R$ 2,47 para o álcool. Os preços são superiores ao preço médio pesquisado pelo Procon (diferença de R$ 0,18 na gasolina e de R$ 0,45 no álcool) e se constituem em mais um fator de pressão para inflacionar o mercado de combustíveis. Segundo a assessoria de imprensa da Sefa, o preço médio adotado pelo governo estadual é calculado de acordo com informações fornecidas pelas distribuidoras.

Recuo

A recente disparada dos preços do álcool nas bombas pode ocasionar uma queda no consumo do combustível da ordem de 40% a 50% nos próximos 15 dias. A estimativa é do diretor técnico da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Aldo Guarda.

Este era o objetivo do governo federal quando aprovou a redução da adição de anidro na gasolina na proporção de 25% para 20%, que vigora desde quarta-feira. A perspectiva do governo é que a queda no consumo do álcool empurre o preço do combustível para baixo, hoje pressionado pela alta procura e pela entressafra da cana.

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