| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

As companhias aéreas brasileiras registraram juntas um prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões em 2015, o maior da história do setor. As informações são de levantamento com base nos demonstrativos financeiros das companhias aéreas, divulgados na terça-feira (21), pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Trata-se do quinto ano consecutivo de perdas na indústria, que acumula prejuízo de R$ 15,4 bilhões desde 2011.

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“É a crônica de uma crise anunciada. Estamos em um ambiente recessivo e os entraves regulatórios do Brasil, que tornam a nossa aviação mais cara do que os padrões internacionais, persistem”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.

Nesta terça-feira (21), a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) 714 com uma alteração que permite às empresas estrangeiras ter o controle total das companhias aéreas nacionais. Além de aumentar o investimento no setor, a retirada de limite ao capital estrangeiro busca oferecer às grandes empresas aéreas do país uma saída para superar a crise.

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Para entrar em vigor, a medida tem que ser aprovada ainda pelo Senado e ser sancionada pela Presidência da República.

Companhias

O maior prejuízo do setor foi registrado pela Gol, que somou perdas de R$ 3,5 bilhões em 2015. A TAM perdeu R$ 1,57 bilhão, e a Azul R$ 753 milhões. Apesar de também ter ficado no vermelho, a Avianca foi a única entre as grandes empresas que conseguiu minimizar as perdas, para R$ 12 milhões.

O ano de 2016 continua desafiador para as empresas. Na terça, a Abear divulgou o décimo mês consecutivo de queda na demanda mensal por passagens aéreas em voos nacionais. Em maio, a retração no setor somou 7,7%, na comparação com o mesmo mês de 2015.

As empresas aéreas estão cortando voos justamente para tentar estancar os prejuízos financeiros, explicou Sanovicz. “A malha é reduzida pela insustentabilidade em manter voos deficitários”, afirmou. Ele estima que o corte de assentos disponíveis para voos domésticos deverá superar 10% neste ano.

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