O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, voltou a afirmar que o governo não está considerando nenhuma forte medida de estímulos e rejeitou alguma mudança no viés "proativo" da política fiscal ou no viés "prudente" da política monetária. "Não há nenhuma consideração sobre expandir o déficit ou usar 'fortes estímulos'", disse, em comentários feitos durante encontro do Conselho Estatal e publicados no portal do governo.
O premiê chinês afirmou que o governo confiará em reformas e ajustes estruturais para aumentar a oferta e atender a nova demanda.
Na reunião do Conselho Estatal, que é o gabinete da China, o órgão responsável pelas decisões executivas decidiu reduzir o depósito compulsório para algumas instituições financeiras rurais. Analistas esperam que isso injete apenas 15 bilhões de yuans no mercado.
Os comentários de Li indicam que o governo pretende continuar nessa direção, com medidas desenhadas para ajudar áreas específicas, sem elevar os níveis de dívida ou piorar o excesso de capacidade na indústria.
Nesta quarta-feira (16/4), Pequim anunciou um crescimento de 7,4% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Embora tenha superado ligeiramente as projeções do mercado, esse foi o menor ritmo de expansão desde o terceiro trimestre de 2012. A meta oficial é de um crescimento em torno de 7,5% no ano, "um pouco acima ou um pouco abaixo", segundo Li.
O premiê ressaltou que o desemprego caiu no primeiro trimestre e o crescimento no setor de serviços superou o do setor secundário. "Essas são mudanças positivas para a economia", afirmou.
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