O presidente da China, Xi Jinping, disse neste domingo (11) que os fundamentos do desenvolvimento econômico da China não mudaram e prometeu aprofundar reformar para garantir crescimento sustentável. De acordo com a mídia estatal, Xi afirmou que o governo continuará promovendo ajustes estruturais e melhorando os meios de vida da população.
Ao discursar durante visita à província de Henan, Xi disse ainda que o governo deve adotar medidas em tempo hábil para mitigar o impacto negativo de quaisquer riscos que possam surgir.
Dados divulgados na sexta-feira (9) mostram que a inflação foi menor do que o esperado em abril, alimentando especulações sobre medidas agressivas de flexibilização, como um corte na taxa de reservas dos bancos.
No sábado (10), o presidente do Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês), Zhou Xiaochuan, assinalou que dados de curto prazo não são indicativos de uma tendência e reiterou que o governo não vai recorrer a políticas de estímulo de grande escala facilmente.
Superávit comercial
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, disse que o país não está buscando superávit comercial e alertou para o impacto de grandes reservas cambiais sobre a inflação doméstica.
Li fez os comentários ao responder questões sobre o desequilíbrio comercial com o Quênia, durante sua visita à África, de acordo com a rede de televisão Phoenix.
Segundo o primeiro-ministro, um desequilíbrio comercial irá adicionar pressão aos controles macroeconômicos da China. "As relativamente grandes reservas cambiais têm sido um grande fardo para nós ao se tornarem a base monetária doméstica, o que afetará a inflação."
A China tinha US$ 3,95 trilhões em reservas em moedas estrangeiras no fim de março.
A Administração Estatal de Comércio Exterior disse na sexta-feira (9), em seu relatório anual referente a 2013, que a China deverá registrar um superávit em conta corrente neste ano, mas a sua proporção em relação ao PIB continuará diminuindo.
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