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Curitiba – A meta da BRA Transportes Aéreos soa como proposta de campanha eleitoral: popularizar o transporte aéreo, oferecendo tarifas mais baixas do que a concorrência. E a comparação utilizada pelo presidente da empresa não poderia ser mais clara. "Queremos ser as Casas Bahia da aviação", afirma Humberto Folegatti, em referência à rede de lojas que teria, segundo ele, popularizado o acesso a móveis e eletrodomésticos. "O povo que usa chinelo também pode andar de avião. Não precisa estar de terno", diz Folegatti. De acordo com ele, suas tarifas são, em média, 30% mais baixas do que as das outras companhias aéreas.

Desde novembro, a empresa opera vôos regulares – antes eram apenas vôos fretados – e a partir de hoje implementa dois vôos diários ligando Curitiba e Porto Alegre ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Agora há vôos regulares da BRA, partindo de Curitiba, para o Rio de Janeiro – R$ 189, Porto Alegre – R$ 109 e São Paulo (Guarulhos e Congonhas) – R$ 99. Como comparação, de ônibus leito, a viagem de Curitiba a São Paulo custa cerca de R$ 90.

Em relação às demais cidades do Paraná, Folegatti diz que existem planos de atendê-las com vôos regulares, mas, segundo ele, o público do Sul prefere descer em Congonhas. "E esse aeroporto, no momento, não tem mais espaço para receber vôos. Mas queremos ampliar nossa atuação para outras cidades do Paraná e aumentar a operação em Curitiba", planeja.

Sobre a comparação óbvia com a Gol, principal empresa aérea de baixo custo do país, o presidente da BRA diz que há espaço para todos e que cada empresa deve cuidar da sua operação.

Crescimento

A BRA surgiu em 1999, quando Folegatti, à frente da operadora Pan Express – hoje PNX e ainda pertencente ao grupo –, viu na crise do dólar uma oportunidade. Com apenas uma aeronave e três vôos diários, tentava conquistar o público que viajava de ônibus por trechos longos. A empresa encerra 2005 com dez aviões e voando regularmente para 19 cidades brasileiras. "E com taxas de ocupação de mais de 80%", diz.

Para passar de operadora de fretamentos à empresa aérea regular, a BRA não precisou investir muito. "A estrutura já estava toda pronta. O que aumentou foi o investimento com mídia, com o que gastamos cerca de R$ 10 milhões anuais", afirma Folegatti. Com planos de abrir seu capital, o grupo objetiva dobrar o faturamento de 2004 – R$ 400 milhões – já em 2006.

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