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O presidente da Telemar, Luiz Eduardo Falco, não descartou a possibilidade de a empresa fazer uma proposta pela compra da TIM Brasil. Até então, o executivo vinha dizendo que estava absorvido pela reestruturação da companhia, rejeitada nesta sexta-feira, e que não estaria estudando a aquisição.

A reestruturação da Telemar era vista como o pontapé inicial de uma uma séria de mudanças no setor de telefonia brasileiro. O fracasso da proposta abre um novo cenário para o processo de consolidação na área.

- Do ponto de vista do processo de incorporações no na consolidação do setor, a reprovação da proposta reduz a velocidade com que a Telemar poderia atuar. Mas isso não muda as direções e nem os propósitos da companhia – disse. ( Saiba mais )

Segundo Falco, a consolidação do mercado poderá resultar na presença de duas grandes plataformas no setor na América Latina: uma mexicana (Telmex) e uma espanhola (Telefónica, dona da Vivo).

- Vamos brigar também para ter uma plataforma brasileira. Hoje, a Claro, a Embratel e a Net, juntas, são do tamanho da Telemar. Se elas comprarem a TIM, serão do tamanho da soma da Telemar com a Brasil Telecom – disse.

Segundo ele, ao tentar fazer uma plataforma brasileira, a compra da TIM não pode ser descartada.

- A partir de hoje não temos mais o compromisso de distribuir R$ 3 bilhões em dividendos por ano aos acionistas (conforme previsto, caso a reestruturação fosse aprovada). Passamos a ter a opção de fazer compra de ativos em dinheiro, o que não tínhamos antes – completou.

Até agora, a Claro, do grupo mexicano Telmex, vem sendo cotada como uma das principais candidatas a comprar a TIM Brasil. O jornal "A Folha de São de Paulo" publicou nesta quinta-feira que a empresa teria elevado sua oferta de compra pela TIM, de US$ 8 bilhões para US$ 10 bilhões.

Em novembro, a Telecom Italia afirmou que estava estudando propostas pela unidade brasileira,a TIM Brasil. A telecom Italia não revelou quem fez a oferta, mas fontes da indústria no México disseram que a América Móvil era uma das interessadas.

Na semana passada, em documentos entregues à Securities and Exchange Commission (SEC), a América Móvil afirmou que continua avaliando oportunidades de investimento em empresas de telefonia na América Latina e no Caribe, incluindo mercados onde já tem presença.

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