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Obra de Mauá, nos Campos Gerais, está parada por falhas no licenciamento ambiental | Marcelo Frazão
Obra de Mauá, nos Campos Gerais, está parada por falhas no licenciamento ambiental| Foto: Marcelo Frazão

Londrina - O secretário estadual de meio ambiente, Rasca Rodrigues, disse ontem que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, à época do lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), pressionou o governo estadual para que liberasse a construção da Usina Hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi – cuja obra foi interrompida por causa de falhas na licença emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). "Eles [Dilma e membros do governo federal] vieram dizendo que o governador [Roberto Requião] seria lembrado como um homem inimigo da energia barata e do crescimento". Rodrigues disse ainda ser "pessoalmente contra" a construção de Mauá.

As declarações do secretário foram dadas após depoimento de duas horas à 1ª Vara Cível Federal, em Londrina, na ação do Ministério Público Federal que questiona a construção da Usina. Rodrigues, um dos réus da ação, negou as acusações. E criticou o MP, dizendo que o órgão tem uma "diretriz de impedir em todo o Brasil a construção de qualquer usina hidrelétrica".

O procurador federal José Mauro Luizão acusa Rodrigues de, à frente do IAP, ter deixado de cumprir a exigência de um estudo prévio de avaliação ambiental da bacia hidrográfica e do zoneamento econômico-ecológico. O levantamento era exigência de uma portaria editada pelo próprio governo do estado para o início da obra.

Rodrigues disse que, diante da pressão federal, o governo editou uma nova portaria, que liberou duas áreas (Mauá e Salto Grande) para construção.

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