O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, rechaçou na terça-feira pedidos dos Estados Unidos para um aumento na pressão internacional a favor da valorização do iuan, ao dizer que tal estratégia não funcionará.

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"Acho que essa questão de pressão não funciona. Acho que essa ideia de colocar pressão sobre um país não me parece que seja o caminho para soluções", disse Amorim à Reuters após se reunir com colegas das nações do Bric, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China.

Amorim acrescentou que um dólar mais fraco é parte do problema e sugeriu que a coordenação política é o caminho certo para lidar com as questões cambiais.

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"Nós temos uma boa coordenação com a China e temos conversado com a China. Não podemos nos esquecer de que hoje ela é o nosso principal cliente", completou.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tem acusado o país asiático de não fazer o suficiente para valorizar o iuan, dando aos manufatureiros chineses uma vantagem injusta no comércio global.

O secretário de Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, disse na semana passada que vai conclamar as forças globais para pressionar a China por reformas cambiais e comerciais na próxima reunião do G20 na Coreia do Sul, em novembro.

A China reagiu fortemente ao discurso mais duro, dizendo que a apreciação do iuan não pode resolver o déficit comercial norte-americano. O movimento ocorre antes das eleições para o Congresso dos Estados Unidos, em novembro

O iuan subiu ante o dólar na terça-feira pelo nono dia seguido --maior série de ganhos desde julho de 2005.

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