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A pior fase da indústria pode ter ficado para trás, mas o setor ainda deve apresentar crescimento moderado, principalmente no primeiro semestre de 2012, avaliam analistas do mercado financeiro. Ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou que a produção industrial no país subiu 1,3% em fevereiro, na comparação com janeiro com ajuste sazonal. No entanto, em relação a fevereiro de 2011, a produção caiu 3,9%.

Conforme os profissionais, a produção industrial em fevereiro só voltou a crescer puxada pela devolução de fatores pontuais. Para os analistas, as medidas de incentivo ao setor anunciadas ontem pelo governo federal são bem-vindas, mas só terão reflexo a partir do segundo semestre.

Os dados da indústria apontam que a surpreendente queda da produção em janeiro teve forte parcela de fatores pontuais, de acordo com o Banco Fator. "Em contrapartida, importantes setores da indústria, como a indústria de alimentos, apresentaram recuo no mês de fevereiro. Portanto, a situação da indústria no país continua preocupante, e as medidas de incentivos anunciadas pelo governo são bem-vindas", mostra relatório do banco.

Para os economistas da LCA Consultores, o aumento do salário mínimo, no começo deste ano, e a redução do IPI para a linha branca, implementada no fim de 2011, ainda são insuficientes para mudar o rumo de fragilidade da indústria. Segundo análise específica sobre o tema, a instituição ressalta que uma retomada da atividade deverá ficar para o segundo trimestre.

O economista Flávio Combat, da Concórdia Corretora, também acredita que, apesar da expansão da produção industrial em fevereiro, indicadores recentes do mercado de crédito, apontando aumento da inadimplência; e dados do setor automotivo, mostrando arrefecimento nas vendas de veículos, sinalizando um primeiro trimestre fraco para a indústria.

Na avaliação da Tendências Consultoria Integrada, a redução do custo dos empréstimos, via BNDES e bancos públicos, e a desoneração tributária para determinados setores devem elevar a rentabilidade das empresas beneficiadas, o que não necessariamente implica incremento de produção.

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