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Curitiba – A indústria paranaense produziu e exportou mais, porém empregou menos entre janeiro e julho deste ano, em relação a igual período de 2004, segundo levantamento divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). O setor de alimentos e bebidas foi responsável pelo maior número de vagas nos primeiros sete meses do ano e também em julho. Já o segmento madeireiro foi o que apresentou maiores dificuldades em 2005. Em função do câmbio e da concorrência com a China, as madeireiras reduziram a produção e cortaram postos de trabalho.

Enquanto a produção da indústria do Paraná cresceu 6,6% e as exportações aumentaram 27,18% de janeiro a julho, foram criados 24.801 postos de trabalhos, contra 43.515 em igual período de 2004. Nos últimos 12 meses, considerando o período de agosto de 2004 a julho de 2005, os indicadores registram a mesma tendência de desaceleração no nível de emprego e crescimento da produção. A agroindústria continua sendo o destaque positivo, responsável por 54% do total de vagas abertas nos primeiros sete meses do ano.

O economista do Dieese, Sandro Silva, estima que apesar da desaceleração, a produção industrial paranaense deve fechar 2005 com crescimento de 5%, acumulando três anos consecutivos de resultados positivos. Segundo ele, os setores que mais estão alavancando o crescimento industrial do estado são edição e impressão (38,06%), veículos automotores (28,59%), refino de petróleo e álcool (26,42%) e máquinas e materiais elétricos (11,34%).

Sandro Silva alerta que o porcentual de aumento da produção da indústria paranaense pode estar distorcido em função da indústria de refino de petróleo e álcool. "No ano passado, no período analisado, a Refinaria Getúlio Vargas ficou paralisada por dois meses para manutenção técnica. Com isso, a base de comparação deste ano acabou sendo prejudicada", justifica.

Em julho, o emprego apresentou aumento de 0,04% sobre o mês de junho, com a geração de 195 vagas. Segundo a pesquisa do Dieese, na variação do nível de emprego, a região metropolitana de Curitiba apresentou crescimento inferior ao interior do Paraná, no acumulado do ano. Na Grande Curitiba, a taxa de variação do nível de emprego foi de 3,47%, enquanto que no interior o porcentual ficou em 6,04%.

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