• Carregando...

Rio de Janeiro e São Paulo - Pelo oitavo mês consecutivo, a produção da indústria cresceu em relação a mês anterior. Em agosto, na comparação com julho, a atividade fabril cresceu 1,2%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base nos dados, economistas avaliam que a recuperação da indústria acontece de forma generalizada, apesar de ainda lenta. Todas as categorias de uso apresentaram crescimento em relação ao mês anterior, especialmente os de bens duráveis e intermediários, que refletem a desoneração na indústria e o poder do consumo interno.

Em bens duráveis, o destaque foi a produção de veículos, quando a atividade teve aumento de 3,2% em relação ao mês anterior. A produção de bens de capital, que sinaliza o desempenho dos investimentos, aumentou 0,4%.

Na comparação com agosto do ano passado, todas as categorias continuam em queda. No indicador geral a queda foi de 7,2% em relação a agosto de 2008. A produção da indústria acumula quedas de 12,1% no ano e de 8,9% em 12 meses.

Além da falta de demanda externa, o estrategista-chefe do Banco WestLB, Roberto Padovani, avaliou que uma das explicações para a produção não ter retornado aos níveis anteriores da crise é o fato de a recuperação atual estar ligada "fundamentalmente, à zeragem de estoques". Mas a coordenadora de indústria do IBGE, Isabella Nunes, argumentou que um crescimento em oito meses seguidos é algo que não ocorria desde 2004. E a queda em relação a meses anteriores tem recuado. De acordo com Isabella, com o resultado de agosto a produção da indústria acumula um aumento de 13,5% em relação a dezembro do ano passado, auge dos efeitos da crise sobre o setor.

Para ela, os efeitos da crise sobre a indústria "só terão passado quando for retomado o patamar de setembro de 2008". A queda acumulada de janeiro a agosto é a maior para o período desde o início da série iniciada em 1991.

Disseminação

O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, espera um desempenho ainda mais vigoroso, entre 1,5% e 2%. Se esse resultado se confirmar, a taxa média do crescimento do terceiro trimestre deve subir para perto de 4,5%.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]