Impulsionada pelo consumo doméstico, a produção industrial da China registrou no mês passado um dos aumentos mais acentuados dos últimos anos. Os dados fazem parte do índice de manufatura, divulgado ontem pelo HSBC China. De acordo com o índice, a produção industrial chinesa passou de 52,9, em setembro, para 54,8 no mês passado. Esse é um dos maiores incrementos desde o início da série histórica, em 2004. Um número acima de 50 revela expansão e, abaixo, retração da produção.
"A recuperação da atividade industrial na China tem impacto importante sobre a demanda daquele país por exportações brasileiras [os destaques da pauta são o minério de ferro e o complexo soja] e sobre o preço das commodities como um todo", avalia Constantin Jancsó, economista-sênior do HSBC Bank Brasil. "Em última instância, trata-se de mais uma pressão sobre o mercado de câmbio, reforçando a tendência de valorização do real. Na medida em que o governo adota medidas para conter a valorização cambial, essa alta das commodities acaba se constituindo numa pressão adicional sobre a inflação doméstica, sendo que o principal fator de risco é o preço dos alimentos", completa.
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