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Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita). | Divulgação
Faichecleres: banda agora conta com um novo baixista, Ricardo Junior (primeiro à direita).| Foto: Divulgação

Pelo quarto mês seguido, o Paraná registrou alta na taxa de emprego industrial. O aumento foi de 2,5% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, o que dá ao estado a terceira colocação no ranking nacional, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Emprego Salário, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o índice da indústria paranaense é de 1,83%. O setor que mais contribuiu para o bom desempenho foi o de meios de transporte, que está em pleno vapor de produção e vendas – maio foi o melhor mês da história da indústria automobilística, com a venda de 258,9 mil carros, ônibus e caminhões.

O grande número de automóveis nas ruas é conseqüência das contratações e aumento da produção que as montadoras vem promovendo desde novembro do ano passado. Em abril, o setor de meios de transporte contratou 22,1% a mais em relação do que abril de 2006. No primeiro quadrimestre, o porcentual é de 20,6%. Esses números mostram um quadro bem diverso do que o de um ano atrás, quando a Volkswagen acenava com a possibilidade de demissões na fábrica de São José dos Pinhais e as montadoras em geral passavam por dificuldades. "A situação está agora o inverso. A empresa está produzindo em três turnos e ainda estamos vendo a possibilidade de trabalhar sábados adicionais", diz o primeiro-secretário do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Jamil Dabila. Segundo ele, o sindicato contabiliza 3,6 mil trabalhadores na Volks atualmente. "Foram feitas contratações nos últimos meses, mas apenas para repor pessoal que está afastado ou que se aposentou", conta.

Na Renault, a produção do Logan, lançado nesta semana, também mexeu com o quadro funcional. A fábrica vem aumentando o número de funcionários para dar conta do novo produto – os trabalhadores passaram de 2.800 para 3.650. A Volvo, fabricante de ônibus e caminhões, também contratou: foram 100 pessoas a mais desde novembro do ano passado e agora cerca de 2 mil pessoas trabalham lá.

Outros setores que contribuíram para o aumento da taxa de emprego no Paraná em abril foram o de alimentos e bebidas (5,1%) e produtos químicos (18,5%). Já os que tiveram maior peso negativo foram o de madeira (-13,3%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-10,9%) e têxtil (-6,2%). "O setor de alimentos e bebidas é intensivo em emprego, e tem atividade para atender tanto o mercado interno quanto o externo, o que o ajuda a ter bom desempenho em diversos momentos", explica a economista da coordenação de Indústria do IBGE, Denise Cordovil.

Os bons índices no nível de emprego industrial no Paraná decorrem também do baixo desempenho industrial do ano passado. Nos últimos 12 meses, a taxa ainda é negativa em -0,6%. A folha de pagamento real também vem mostrando sinais de recuperação: a alta no mês foi de 3,1% no Paraná, e o acumulado do ano está em 2,8%. Assim como o emprego, a variação da folha de pagamento nos últimos 12 meses ainda é negativa no estado: -0,8%. O número de horas pagas no Paraná subiu 2,4%, tanto em abril como no acumulado.

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