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Produção industrial cai em 7 de 14 locais em maio

Na passagem de abril para maio, a produção industrial recuou em sete dos 14 locais que integram a Pesquisa Industrial Mensal divulgada nesta quinta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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A produção industrial do Paraná caiu 3,7% em maio deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, divulgou nesta quinta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, da Pesquisa Industrial Mensal, apontam que o estado apresentou a terceira queda seguida nesse confronto, com resultados de -3,3% em março e de -11,8% em abril.

As quedas consecutivas fazem o acumulado do índice nos últimos 12 meses enfrentar diminuições consecutivas desde fevereiro. No segundo mês do ano, a soma do desempenho do setor nos 12 meses anteriores era de 4,7% - índice que caiu para 4,5% em março, 2,4% em abril e 1,9% em maio.

Em maio de 2014, ante o mesmo mês de 2013, 11 dos 15 setores pesquisados tiveram queda na produção. O setor com a maior retração foi o de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,5%), seguido por produtos alimentícios, produtos de metal – exceto máquinas e equipamentos – (-8,4%), produtos de madeira (-6,7%) e fabricação de móveis (-5,5%). Tiveram os melhores resultados nesse confronto os setores de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (15,5%) e produtos de borracha e de material plástico (6,9%).

Nos últimos 12 meses, cinco dos 15 setores pesquisados têm resultados negativos no índice de produção industrial. Acumulam as maiores quedas no período os setores de fabricação de móveis (-2,9%), produtos alimentícios (-1,6%), celulose, papel e outros produtos de papel (-1,5%), outros produtos químicos (-0,8%) e fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-0,7%). Os melhores resultados nesse recorte são dos setores de produtos de madeira (14,8%), produtos de minerais não-metálicos (11,1%) e produtos de borracha e material plástico (9,7%).

Acumulado de janeiro a maio

O acumulado de janeiro a maio, na produção industrial do Paraná, fechou em -1,7%. O setor de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,1%) foi o que teve pior resultado. Em seguida vêm produtos alimentícios (-7,9%), móveis (-7,1%), máquinas e equipamentos (-6,3%) e celulose, papel e outros produtos de papel (-4,5%). Os melhores resultados nesse índice foram constatados em produtos de minerais não-metálicos (10%), bebidas (8,8%) e fabricação de coque, de produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis.

Conjunto de fatores

Para Francisco José Gouveia de Castro, economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), os números desfavoráveis "resultam do mix entre a política econômica adotada pelo governo federal, a insegurança institucional e a expectativa negativa dos setores produtivos diante das pífias taxas de crescimento e da aceleração e generalização dos reajustes de preços no país."

Francisco observa que o Paraná vem acusando sinais de contágio da regressão da economia brasileira. "O setor mais emblemático é o automotivo que passa por uma forte retração das vendas internas e aumento dos estoques nas fábricas e revendas. Como consequência, as grandes montadoras vêm adotando medidas de corte de produção, suspensão temporária de contratos de trabalho, férias coletivas e programas de demissão voluntária (PDV)", observa.

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