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Nem mesmo com o câmbio mais favorável a indústria conseguiu sustentar a tendência de recuperação de outubro e registrou queda de 0,2% em novembro, na comparação com o mês anterior. A queda na produção ocorreu em 14 dos 27 ramos pesquisados.

"Essa queda (acumulada em dois meses pelo segmento de veículos automotores) devolve parte do ganho de 9,1% verificado nos dois meses anteriores, agosto e setembro", lembrou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Outras contribuições relevantes para a redução de 0,2% no total da indústria em novembro ante outubro foram de máquinas e equipamentos (-3,0%), edição, impressão e reprodução de gravações (-5,3%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-16,0%), indústrias extrativas (-3,1%) e produtos de metal (-3,4%).

Na direção oposta, entre as treze atividades que registraram aumento na produção, os desempenhos de maior importância foram dos setores farmacêutico (9,6%), refino de petróleo e produção de álcool (4,0%), outros produtos químicos (3,3%), metalurgia básica (3,1%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,8%), alimentos (0,5%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (2,7%).

Em outubro, o setor havia mostrado uma expansão de 0,6%, na terceira alta mensal seguida. Os dados foram divulgados na manhã de hoje pelo IBGE.

Embora negativo, o resultado de novembro veio acima do previsto pelo mercado, cujas projeções apontavam para uma queda mais intensa, da ordem de 1% frente a outubro.

Em relação a novembro de 2012, houve alta de apenas 0,4%. Já no acumulado do ano, a produção registrou crescimento de 1,4%. Nos 12 meses encerrados em novembro, a indústria apresentou avanço de 1,1% e deve fechar o ano num patamar próximo a esse, segundo especialistas.

Nos três meses de crescimento encerrados em outubro, o setor fabril havia acumulado uma alta de 1,6%. Tal resultado, porém, não foi suficiente para zerar as perdas de maio a julho, quando, na média, a indústria teve uma perda de 2,3%. Agora, a indústria volta a sucumbir diante de uma produção frustrante para o Natal, cujas vendas do varejo também não foram bem.

O desempenho ocorre num momento difícil para o setor, que sofre com juros mais altos, crédito restrito e confiança dos empresários debilitada. O menor otimismo se traduziu na queda dos investimentos no terceiro trimestre e na consequente retração do PIB (de 0,5%) em relação ao segundo trimestre.

A indústria sofre ainda com a maior concorrência de importados e sente ainda dificuldades para colocar seus produtos no mercado externo, contraído diante do baixo crescimento da economia mundial.

Setores

O fraco desempenho de outubro para novembro ocorre por conta perda de fôlego da indústria automobilística. O setor de veículos automotores registrou retração de 3,2%, a segunda consecutiva nessa base de comparação.

Também pesaram as quedas de máquinas e equipamentos (-3%), edição e impressão (-5,3%), equipamentos médico-hospitalares (16%) e indústria extrativa (2,7%).

Já as altas de destaque ficaram com farmacêutica (9,6%), refino de petróleo e produção de álcool (4%), equipamentos de informática (3,8%) e produtos químicos (3,3%).

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