A greve anunciada pelo sindicato que reúne os pofessores do ensino superior (Sinpes) e iniciada na última sexta-feira no Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) não ganhou força, pois os profissionais receberam integral ou parcialmente os salários atrasados. Em alguns casos o atraso já durava três meses.
"Vamos manter a greve pelo menos até quinta-feira", diz o vice-presidente do sindicato, Valdyr Perrini. Na segunda-feira, o Sinpes propôs que a Uniandrade concentre o pagamento das mensalidades dos alunos em uma conta judicial. A contra-proposta da instituição deve ser apresentada amanhã, na Delegacia Regional do Trabalho. Para a Uniandrade, as aulas estão transcorrendo normalmente.
"Nos comprometemos com os alunos", diz um professor da área de computação. "Talvez complique amanhã, quando deve ser pago o salário de setembro."
No curso de Comunicação Social, apenas um dos cerca de dez professores não teria recebido os salários atrasados integralmente e só dois professores não estariam dando aula.
A exceção é o curso de Direito. Um aluno do 5.º ano conta que teve apenas uma aula desde sexta-feira e que os outros anos também estão com poucas aulas. "Ontem o reitor conversou conosco e disse que pagou um mês do salário atrasado dos professores e que hoje (ontem) iria conversar com eles", diz o aluno, que não quer ser identificado.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a instituição disse que não irá se pronunciar sobre salários e negociações. A empresa nega a crise e abriu ontem as inscrições para seu vestibular de verão com 16 novos cursos.
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