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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou nesta sexta-feira que o programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, que teve início em agosto, não tem data para acabar.

Segundo ele, a autoridade monetária sinalizou que o programa iria até dezembro e ajudou a reduzir o impacto da volatilidade cambial na inflação.

"O programa está em curso, não tem data para terminar. A gente sinalizou que vai pelo menos até dezembro e na minha avaliação tem sido absoluto sucesso", afirmou Mendes, que participou de evento da Anbima em São Paulo, acrescentando que o programa também retirou parte da volatilidade externa.

O programa de leilões de swap cambial e de venda de dólares com compromisso de recompra foi anunciado pelo BC em 22 de agosto, em meio à forte volatilidade que abateu os mercados de câmbio no Brasil e no exterior na esteira das incertezas sobre a retirada dos estímulos monetários da economia norte-americana. Naquele momento, o dólar chegou a abater 2,45 reais e, agora, ronda 2,20 reais.

À época, a autoridade monetária informou que o objetivo era assegurar hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio, informando ainda que o programa estaria em vigor até 31 de dezembro deste ano mas que poderia realizar "operações adicionais".

A previsão do BC é que entre agosto e dezembro sejam colocados o equivalente a 60 bilhões de dólares com suas intervenções diárias.

Mendes disse ainda que o crescimento da economia brasileira será mais fraco no terceiro trimestre, mas que no quarto haverá uma retomada.

Ele ainda acrescentou que o país está bem preparado para enfrentar um novo período de transição das políticas monetárias atualmente não convencionais de economias avançadas, algo que deve durar ao longo de 2014.

O diretor citou ainda a atual política monetária dos Estados Unidos e as expectativas sobre quando o Federal Reserve, banco central do país, começará a reduzir seu programa mensal de títulos de 85 bilhões de dólares e, assim, afetar a liquidez internacional.

Para Mendes, o Brasil está "bem preparado" para enfrentar essas mudanças, sobretudo das economias avançadas.

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