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No Tecpar, plataformas experimentais vão gerar energia solar e eólica | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
No Tecpar, plataformas experimentais vão gerar energia solar e eólica| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Alternativa

Tecpar testa condições climáticas para uso de energia solar e eólica

Também parte do programa de incentivo à geração e distribuição de energia de modo inteligente, começa a operar neste mês uma plataforma experimental de energia solar e eólica do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Além de gerar energia para o próprio instituto, a ideia é pesquisar as condições de luminosidade e vento do Paraná para avaliar a eficiência que estas unidades renováveis têm nas condições locais.

Para isso, o instituto vai colocar em funcionamento três painéis diferentes de energia solar, cada um melhor adaptado para uma condição climática, e um laboratório de medição das condições de luminosidade. "Veremos que tecnologia funciona melhor por aqui, que tipo de painel funciona melhor com os nossos níveis de radiação e qual o desempenho de cada medida", afirma o engenheiro eletricista e pesquisador da Plataforma Tecnológica do Tecpar, Celso Fabrício de Melo.

Durante o dia, caso a geração de energia dos painéis exceda o consumo do Tecpar, o instituto vai disponibilizar o excesso para a rede da Copel. Há também um modelo de energia eólica que vai fazer as mesmas medições para os níveis de vento no local. Neste caso, o aparelho usado é diferente dos tradicionais. Com pás verticais ao invés de horizontais, o sistema é ideal para a geração de energia em ambientes urbanos.

Os testes são fundamentais para a difusão das tecnologias no estado. "Existem testes consolidados, mas até hoje nenhum havia sido feito por aqui. Eram realizados em outros países ou em regiões diferentes do Brasil", completa Melo.

A Copel iniciou ontem o projeto-piloto da sua rede inteligente de energia elétrica, conhecida como smart grid. Fruto de um investimento de R$ 50 milhões, a tecnologia vai automatizar a distribuição de energia e os desligamentos de rede. Além disso, o sistema vai integrar a medição do consumo de energia, água e gás dos usuários curitibanos. Neste primeiro ano de operação, o sistema funcionará em apenas três bairros de Curitiba: Bigorrilho, Campina do Siqueira e Mossunguê.

A medida faz parte do programa Paraná Smart Energy, que pretende incentivar modelos inteligentes e sustentáveis na geração e distribuição de energia pelo estado. O sistema de smart grid, totalmente automático e integrado, é pioneiro. "Não conhecemos nenhuma rede nos mesmos moldes que esta", afirma o diretor-presidente da Copel Distribuição, Vlademir Santo Daleffe.

A tecnologia permite, por exemplo, que no caso da ruptura de um fio de luz, uma área muito restrita seja desligada para a reparação e o restante da região tenha o fornecimento restabelecido em até 30 segundos. "Em outros tempos, seria necessário que uma equipe fosse até o local somente para identificar o problema e daí realizar os procedimentos necessários. É uma evolução muito grande na qualidade do serviço para o consumidor", explica Daleffe.

No primeiro momento, o sistema vai operar em regime de testes. "É fundamental um período como este, para que a gente conheça melhor as dificuldades que o smart grid pode ter, aperfeiçoá-lo e, então, entregar o melhor serviço automatizado para uma população ainda maior", afirma o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer. Segundo ele, a companhia também receberá no período colaborações de universidades locais para melhorias no projeto.

Ao longo dos próximos doze meses, o sistema estará restrito a 10 mil unidades consumidoras. Mesmo com uma amostra pequena, o responsável pela distribuição da companhia acredita que o recorte é bastante significativo. "É uma área com uma densidade muito interessante e com diversos perfis de consumo, que vai nos subsidiar com precisão o planejamento da expansão do smart grid", completa Daleffe.

Medição

Outra novidade do sistema é a integração na medição à distância de água, gás e luz. "Aproveitamos que as três empresas, Copel, Sanepar e Compagás, estão ligadas ao governo do estado para trabalhar com uma medição unificada", explica Zimmer. A medida permite uma leitura mais rápida, sem a necessidade da medição presencial dos relógios de consumo, e com menor custo de operação.

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