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Menor e mais barato do que os equipamentos tradicionais, um biodigestor em fibra de vidro desenvolvido no interior do estado facilita o acesso ao uso de energias renováveis em pequenas propriedades rurais. Fruto de mais de dez anos de experiências e testes, os irmãos agricultores Pedro e Paulo Köhler aperfeiçoaram o sistema que transforma dejetos animais em energia utilizando duas caixas d’água adaptadas, um compressor, um reservatório para o biogás e um gerador.

Atualmente, o custo de implantação de biodigestores varia de R$ 10 mil a R$ 100 mil, valores que limitam o uso da tecnologia em propriedades rurais de maior porte. Já o modelo desenvolvido pela Köhler Biodigestores – empresa de Toledo incubada no Parque Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu – diminui o custo para cerca de um terço, facilitando a instalação em propriedades de pequeno e médio porte, que são maioria no estado. Além do custo, outra vantagem está no espaço reduzido que ocupa, já que metade do equipamento fica embaixo da terra.

"Hoje, o maior obstáculo para a popularização dos biodigestores está no preço e no emprego do gás na propriedade ou na produção de energia elétrica, tanto para o consumo próprio ou para a venda à empresa distribuidora de energia", aponta Pedro Köhler. O investimento, assegura, é baixo e se recupera em cerca de quatro anos, tempo considerado bastante curto, semelhante ao das linhas de crédito rurais mais comuns. "Isso tudo depende do tamanho da propriedade e do uso que se vai fazer do produto", compara.

Funcionameno

Com os dejetos de 40 vacas leiteiras, o biodigestor de 40 metros cúbicos instalado há pouco menos de um ano em uma propriedade de 33 hectares produz o equivalente a um botijão de 13 quilos de gás por dia – os menores, de 5 metro cúbicos, geram três botijões por mês. A atual produção é suficiente para suprir todo o consumo doméstico com fogão, forno e aquecimento de água e garantir uma economia de 40% com energia elétrica usada na criação. O que sobra do processo ainda é utilizado como fertilizante natural. Para aproveitar o excedente não consumido, os Köhler já planejam montar uma fábrica de melado. "Com o gás, vamos substituir toda a lenha das caldeiras."

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