Cristina e Lula: cordialidade termina nas barreiras comerciais| Foto: DanielGarcia-AFP

Buenos Aires - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, mostraram-se unidos e cuidadosos com as palavras durante entrevista após reunião de trabalho realizada ontem de manhã na Casa Rosada, em Buenos Aires. Mas, quando o assunto foram as barreiras comerciais, apesar da tentativa de um discurso afinado, os dois destoaram.

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Lula disse compreender que "em tempos de crise todos os países do mundo tentem cuidar de seu país em função da conjuntura" e que, nesse sentido, vários países tomem as medidas que achem necessárias.

Já Cristina preferiu provocar o Brasil, dizendo que as medidas protecionistas não são só as aduaneiras. "O protecionismo não deve ser visto só como medidas aduaneiras. Quando um país concede incentivos fiscais a suas empresas, isso é protecionismo fiscal. Se há desvalorização da moeda, também há protecionismo", completou a presidente, em referência a medidas brasileiras de crédito para investimentos e à desvalorização sofrida pela moeda brasileira.

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Energia

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil garantirá à Argentina todo o suprimento de energia elétrica necessária para que o país atravesse o inverno "confortável". Lobão afirmou que a previsão é de que o Brasil volte a fornecer energia para a Argentina a partir de maio.