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Os agricultores da região maringaense reforçaram o protesto iniciado por produtores rurais em Mato Grosso do Sul na semana passada e fecharam uma ferrovia e a entrada da Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar). O manifesto começou na manhã do último domingo e seguiu durante todo o dia de ontem causando transtornos para a América Latina Logística (ALL), para caminhoneiros e para o sistema operacional da cooperativa maringaense. Aproximadamente 30 tratores bloquearam a linha férrea que cruza a cidade e outros dez permaneceram na cooperativa. "Este é um alerta para a população", avisou o agricultor Valdemir Rufato, 53 anos. "O agricultor vai ficar mais endividado e não sabe como vai produzir." Ele diz que perdeu 70% nas duas últimas safras, um prejuízo de R$ 300 mil com soja e milho na propriedade de 117 alqueires em Mandaguaçu (a dez quilômetros de Maringá).

Entre as reivindicações dos agricultores estão: o prolongamento das dívidas por 20 anos, carência de dois anos para iniciar o pagamento dos financiamentos e juros médios de 3% ao ano. Além dos tratores, os agricultores também usaram faixas com críticas à política econômica.

A situação chegou a ficar tensa na manhã de ontem quando a ALL posicionou um guindaste no cruzamento da linha férrea com a avenida Paranavaí para retirar os tratores que bloqueavam a circulação dos trens, enquanto a Polícia Militar e um oficial de Justiça negociavam a retirada dos veículos, já que a empresa conseguiu liminar judicial para desobstrução da via. As negociações prosseguiram até o fim da tarde, mas a linha férrea continuou bloqueada.

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