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Com a ajuda da evolução dos preços dos alimentos, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) reduziu o ritmo de alta de 0,63% em julho para 0,35% em agosto. No período, a inflação dos alimentos recuou de 1,75% para 0,25%, segundo divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os não-alimentos, no entanto, aceleraram o ritmo de reajuste, passando de 0,28% no mês passado para 0,38% em função da alta nos preços administrados, como energia elétrica, telefone e água. O IPCA registra alta de 4,69% no acumulado do ano e de 6,23% em 12 meses.

O economista Luiz Roberto Cunha, da PUC-RJ, diz que o IPCA-15 foi uma boa notícia, mas avalia que a inflação está longe de deixar de ser um foco de preocupação. Com a imprevisibilidade dos preços das commodities e as pressões no preços administrados, o economista considera difícil apostar em recuo permanente dos preços.

Para o diretor de pesquisa do Goldman Sachs para mercados emergentes, Paulo Leme, a temporada de baixa inflação não deve durar. Por isso, ele mantém a visão conservadora para a trajetória da taxa básica de juros (Selic). "A inflação voltará a avançar vigorosamente, quase dobrando, para uma média de 0,6% por mês, nos últimos quatro meses do ano", disse Leme. Ele aposta que, até janeiro, a Selic terá subido dos atuais 13% para 15,5%.

Álcool mais caro

O preço do litro do álcool hidratado subiu 4,26% nesta semana. Foi a segunda alta seguida nas usinas de São Paulo, maior produtor nacional, em pleno pico da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul. Já o litro do anidro (que é misturado à gasolina) interrompeu um ciclo de queda e aumentou 1,45%, de acordo com o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).

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