A economia dos Estado Unidos perdeu cerca de 600 mil postos de trabalho em janeiro e a produção industrial da Alemanha e da Grã-Bretanha contraíram em dezembro, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira (6), ao mesmo tempo em que uma série de empresas japonesas sofreram fortes prejuízos.

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Apesar das várias notícias ruins, os mercados acionários eram impulsionados pelas expectativas de que os parlamentares norte-americanos aprovem um enorme plano de estímulo econômico, após o presidente Barack Obama ter dito que é urgentemente necessário que o pacote seja aprovado para prevenir uma "catástrofe".

Se os políticos dos EUA ainda tinham alguma dúvida sobre o arriscado estado da economia do país, dados do governo mostraram que foram cotados 598 mil empregos em janeiro, maior redução em 34 anos, levando a taxa de desemprego a 7,6 por cento.

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"Eu acho que esses números aumentam a urgência para o pacote em Washington... para se conseguir alguma coisa completa agora, antes de um pacote mais balanceado depois", disse Subodh Kumar, estrategista-chefe de investimentos na Subodh Kumar & Associates, em Toronto.

O Canadá também sofreu sua maior perda de empregos em cerca de três décadas em janeiro, com os empregadores cortando 129 mil funcionários e levando a taxa de desemprego a 7,2 por cento.

O líder democrata no Senado norte-americano vai tentar aprovar novamente nesta sexta-feira um pacote de estímulo econômico de 937 bilhões de dólares, ainda que parlamentares moderados procurem intermediar um acordo para reduzir os gastos propostos.

Um grupo de democratas e republicados se reuniram na noite de quinta-feira para "separar" 107 bilhões de dólares do plano, que Obama quer que sejam apresentados em sua mesa em 16 de fevereiro, para ajudar a reverter a espiral de declínio econômico.

O líder da maioria do Senado, Harry Reid, disse que estava "cautelosamente otimista" sobre a aprovação.

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Existem expectativas arrastadas de que os esforços políticos possam ter sucesso", disse Bernard McAlinden, da NCB Stockbrokers.

A maior montadora do mundo, Toyota, previu um prejuízo anual três vezes maior que o divulgado há apenas seis semanas, à medida que a companhia luta para reduzir a produção rápido o bastante para igualá-la às vendas globais decadentes.

Um dos maiores bancos japoneses, o Mitsubishi UFJ, divulgou seu primeiro prejuízo trimestral da história, estimulado pelos crescentes gastos com empréstimos ruins e pelas perdas acionárias.

Assim como a Toyota, o banco reduziu sua previsão de desempenho anual.

A eletrônica japonesa Sharp também escorregou para um prejuízo trimestral e alertou que pode divulgar seu primeiro prejuízo operacional anual da história.

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