O dólar fechou valorizado frente ao real nesta quinta-feira, sob o peso do mau humor nas principais bolsas de valores e copiando o avanço da moeda norte-americana ante outras moedas no exterior.
A divisa ganhou 0,79 por cento, a 1,787 real na venda, após oscilar entre recuo de 0,28 por cento e apreciação de 0,90 por cento ao longo da jornada.
"O dólar abriu estável e operou durante algum tempo em queda, mas a piora no mercado acionário lá fora fez as cotações subirem", afirmou Carlos Alberto Postigo, gerente de negócios da Casa Paulista Assessoria Bancária.
A divulgação de números contraditórios sobre a economia dos Estados Unidos imprimia um tom negativo nos mercados e levantava dúvidas a respeito da solidez da retomada.
O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que a atividade manufatureira dos EUA recuou em setembro mais que o estimado. Adicionando pressão, um relatório do Departamento de Trabalho mostrou um aumento nos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada.
No final da tarde, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York cedia 1,5 por cento, enquanto o Ibovespa recuava 1,7 por cento.
O quadro negativo corroía o apetite por risco, motivando a compra de dólares por parte de investidores em busca de segurança em suas aplicações.
Diante disso, a divisa dos EUA subia 0,7 por cento ante uma cesta com as seis principais moedas globais. O dólar também se apreciava frente a divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.
Postigo considerou ainda que o movimento foi fortalecido por ajustes de posições no mercado futuro, por meio da compra de dólares para formação de hedge (proteção).
"Mas esses ajustes foram pontuais e basicamente por conta da deterioração das bolsas", acrescentou.
Dada à reduzida liquidez nos negócios, o leilão diário de compra de dólares no mercado à vista feito pelo Banco Central estimulou um avanço mais forte da moeda dos EUA logo após a operação, que teve como taxa de corte o valor de 1,7792 real.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro interbancário somava 1,1 bilhão de dólares às 16h19, em operações com liquidação em dois dias (D+2). Em setembro, a média diária foi de 2,1 bilhões de dólares.
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