Na Praça Carlos Gomes, centro de Curitiba, com o carro de som no volume máximo, um exaltado sindicalista exigia ontem à tarde, da direção da Caixa Econômica Federal, respeito ao movimento grevista que paralisou, há 15 dias, boa parte das agências bancárias paranaenses. Respeito, enfatizava ele, à decisão soberana da assembleia que decidiu pela paralisação.
Tudo correto e perfeito até aqui; afinal de contas, não se pode tirar a condição da categoria de reivindicar aquilo que considera como de direito.
Mas, e o respeito à população, como fica, fazendo uso da própria expressão utilizada pelo líder grevista? Ou será que nessa hora devemos deixar de lado o drama dos correntistas que há duas semanas enfrentam problemas para efetuar atividades normalmente corriqueiras, como retirar dinheiro ou pagar contas? Até porque umas poucas agências funcionando de forma precária e caixas automáticos não resolvem por completo a situação. E mais lamentável fica a questão quando se observa que ela vem se tornando recorrente a cada período de negociação salarial.
É preciso também que a Federação Nacional dos Bancos, em nome do interesse público, faça a sua parte e esteja aberta à negociação, deixando de lado posturas de intransigência em relação aos pedidos dos seus assalariados. Parece que isso finalmente começou a ocorrer ontem à noite, e o que se espera agora é uma solução rápida que permita a completa reabertura das agências.
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