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Uma rachadura na estrutura do viaduto São João, na região da Serra do Mar, interditou para cargas a ferrovia entre Curitiba e Paranaguá por mais de 17 horas entre esta terça (25) e quarta-feira (26). O problema foi detectado por volta das 14h30 de terça por uma equipe de manutenção da América Latina Logística (ALL) - concessionária da ferrovia. A circulação de trens de carga foi cancelada para que uma solda fosse feita para reparar a rachadura, segundo apurou a Gazeta do Povo. A ALL informou que o tráfego de locomotivas foi liberado as 7h50 desta quarta.

A assessoria de imprensa da empresa declarou que foi feita uma manutenção preventiva e programada da ferrovia no trecho do viaduto São João, sem especificar os detalhes do problema. Em nota, a ALL informou que "os trens da companhia transitaram em sistema de circulação parcial na Serra paranaense, devido aos trabalhos de manutenção realizados periodicamente na ponte São João. As manutenções já foram finalizadas e a circulação de trens está no seu ritmo normal."

Por conta da interdição, o passeio turístico da Litorina foi cancelado pela empresa Serra Verde Express nesta terça e quarta. Em nota, a empresa informou que o motivo da suspensão do serviço foi a "manutenção preventiva de via". De acordo com o texto, a ferrovia "estará liberada para retomar os passeios, normalmente, ainda amanhã (quinta)."

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) disse, também por meio da assessoria de imprensa, que as operações não foram prejudicadas devido a interdição porque apenas 16% cargas chegam pela via férrea. A maioria da movimentação, segundo dados de 2013, é por rodovia (79%) e o restante por oleodutos. A ferrovia é utilizada principalmente para o transporte de açúcar e farelo de soja para o porto.

São João

A ponte sobre o Rio São João é um marco da engenharia nacional e foi construída entre os anos de 1882 e 1884, no século XIX. Ela foi projetada pelos irmãos Rebouças, engenheiros negros responsáveis por vários obras no país durante o Império. A estrutura do viaduto sustenta 110 metros de linha férrea em um vão de 70 metros sobre o rio Caninana.

O local foi danificado por um descarrilamento em julho de 2004. Uma composição da América Latina Logística descarrilou no local, danificou a ponte e derramou toneladas de milho, açúcar e farelo na Serra do Mar. O viaduto foi reparado e voltou a operar. O Ministério Público entrou com ação na época para a ALL restaurar o local.

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