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O grupo integrado pelo Royal Bank of Scotland (RBS), Santander e Fortis declarou, nesta quarta-feira, ter cumprido as exigências necessárias para adquirir o banco holandês ABN Amro. Em comunicado divulgado hoje, o consórcio diz que sua oferta de pouco mais de 70 bilhões de euros ou US$ 98,7 bilhões é completamente incondicional. Trata-se da maior aquisição bancária da História. Na próxima quarta-feira, dia 17 deste mês, o RBS e seus sócios passarão a ser oficialmente os novos proprietários da instituição da Holanda.

O presidente do ABN Amro, Rijkman Groenink, anunciou, também nesta quarta-feira, sua renúncia , quase ao mesmo tempo em que o consórcio formado pelo Santander, o Royal Bank of Scotland (RBS) e o belgo-holandês Fortis declararam que sua oferta pela entidade holandesa era incondicional.

" O presidente do ABN Amro, Rijkman Groenink, anunciou, também nesta quarta-feira, sua renúncia "

Na segunda-feira, o consórcio já havia anunciado a adesão ao negócio de cerca de 1,59 bilhão de ações ordinárias à sua proposta, o correspondente a 86% do capital votante. O percentual ficou acima da aceitação mínima estipulada, de 80%.

Os acionistas minoritários que não aderiram à oferta terão até o dia 31 de outubro para oferecer suas participações e obter as mesmas condições de pagamento dos demais 86%: para as ações ordinárias, 35,60 euros e 0,296 ação do RBS e, para as preferenciais, 27,65 euros.

No começo de outubro, o britânico Barclays, também interessado no ABN, abandonou sua oferta depois de não ver satisfeita uma série de condições, especialmente a de obter ao menos 80% do capital acionário ordinário emitido do banco. Em sua oferta, o Barclays conseguiu comprar só cerca de 1% do capital votante.No Brasil, a compra pode fazer o Santander encostrar no Bradesco no ranking de bancos.

Cade quer mais informações

No entanto, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do ministério da Justiça, precisa aprovar a compra. Nesta quarta-feira, o plenário conselho aprovou solicitação de mais informações sobre as áreas financeiras envolvidas na operação da compra e deu até 30 dias para os bancos entregarem os dados.

O negócio que transformou o Santander no maior banco de São Paulo e no líder, entre os bancos privados do país, será analisado pelo órgão antitruste num rito sumário. O rito sumário é um procedimento mais rápido de julgamento, utilizado para casos em que fica claro que não há riscos à concorrência. Neste caso, o rito sumário se justifica pelo fato de o Santander ter apresentado ao Cade apenas a parte não financeira do negócio. Com isso, o órgão antitruste julgaria apenas os mercados de seguro, de cartão de crédito, de corretagem, de administração de recursos de terceiros e outros segmentos que não se confundem com as finanças do ABN AMRO.

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