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Dilma: de Collor, a Lula, passando por FHC, líderes evitaram debates. Não deveria ser assim. | Lucas Lacaz Ruiz/AE
Dilma: de Collor, a Lula, passando por FHC, líderes evitaram debates. Não deveria ser assim.| Foto: Lucas Lacaz Ruiz/AE

A equipe econômica reagiu com satisfação contida ao resultado da economia no primeiro trimestre do ano. Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planeja­mento, Paulo Bernardo, comemoraram o aumento do PIB e admitiram que a projeção oficial de crescimento para o ano, de 5,5%, terá de ser revista para entre 6% e 6,5%. Mantega, no entanto, fez questão de dizer que não há superaquecimento, pois o ritmo da atividade está se acomodando e que os próximos trimestres não deverão repetir o resultado registrado entre janeiro e março.Em rápida declaração à imprensa, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, também pontuou que a economia está crescendo de forma balanceada, ou seja, com desempenho positivo na indústria, nos serviços e na agropecuária. "A trajetória é de um crescimento moderado. Caminhamos para um crescimento sustentável", disse Mantega. Paulo Bernardo foi mais enfático: "Foi um Pibão! A economia já estava pronta para crescer e o resultado é fruto das políticas de governo. Isso deu uma resposta extraordinária."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em Fortaleza, que o "Brasil merecia e precisava disso", ao comentar os números do PIB trimestral. Lula classificou o crescimento da economia brasileira de "exuberante" e aproveitou para alfinetar a oposição. "Vivemos um momento de ouro. Vocês viram que eu fui esculhambado quando eu disse que a crise seria só uma marolinha aqui no Brasil", afirmou. Presidenciáveis

Os dois principais candidatos a Presidência comemoraram o resultado do PIB, mas em intensidades bem diferentes. A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, exagerou e disse que o crescimento trimestral não foi alcançado "nem na China". "É verdade que, até o fim do ano, as coisas vão para seus lugares e o crescimento vai ficar, na média, bastante elevado, em torno de 6,5% e 7%", ponderou Dilma. "Quando assumimos em 2003, o Brasil estava em uma situação, vou te falar, vou usar uma palavra bem feia: periclitante. Uma situação treme-treme. Estava afunhanhada, isso mesmo, tremelendo, tremilicando", acrescentou a pré-candidata do PT.

O pré-candidato do PSDB, José Serra, por sua vez, se disse "feliz" com o resultado do PIB no primeiro trimestre, mas ressaltou que o avanço refletiu, principalmente, a fraca base de comparação. "É bom que o PIB esteja crescendo. Eu estou feliz", comentou Serra, ponderando: "Evidentemente que a base do ano passado favorece um crescimento maior". O tucano também voltou a criticar a condução da atual política econômica. Reclamou do baixo nível de investimento e do aumento do déficit em conta corrente. "Preocupa que o investimento agregado ainda tenha caído e o desequilíbrio externo esteja galopando, pela aceleração das importações e pelo comportamento moderado das exportações."

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