A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em determinados itens de materiais de construção poderá contribuir para um crescimento de 1,7% no PIB do setor e uma expansão no emprego de 1,4%. A conslusão é de um estudo elaborado pela FGV Projetos a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). Os resultados foram divulgados na manhã desta sexta-feira.
A redução do imposto - que integrou o pacote de incentivo à habitação anunciado pelo presidente Lula em fevereiro deste ano - reduzirá o setor informal de materiais de 23% para 18%. A construção civil tem um grande papel na economia brasileira já que representa cerca de 13% do PIB.
- A construção é uma boa aposta para o governo, pois é responsável pela movimentação de vários setores: luz, água, setor imobiliário, mobiliário, eletrônicos, etc - afirma Melvyn Fox, diretor-presidente da Abramat.
No entender do dirigente, a redução dos impostos implicará em uma arrecadação total maior, devido ao aumento da produção, um nível de preços menor e a queda do déficit habitacional. Reduções nas alíquotas do ICMS também ajudariam no fomento à construção, segundo Melvyn Fox.
A cadeia produtiva da construção empregou 9,1 milhões de pessoas, ou seja, 13% do emprego nacional. Para a construção civil formal, o total de impostos somou 52,2% do valor adicionado. Já as empresas informais pagaram, em média 13,9%. Situação semelhante é encontrada no setor de materiais de construção, em que o ramo formal pagou 22,4%, enquanto o informal pagou 12,8%.
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