O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou nesta sexta-feira (1º) de evento promovido pela Febraban.| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (1º) que as reformas aprovadas nos últimos anos impactaram no crescimento econômico estrutural maior com a inflação mais baixa no Brasil. Campos Neto participou do “Almoço Anual dos Dirigentes de Bancos 2023”, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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“Crescimento estrutural maior significa exatamente crescer mais com menos inflação… Eu acho que agora ficou mais claro que a gente tem, não só um crescimento estrutural um pouco maior, mas também a relação mão de obra-inflação talvez tenha ficado um pouco mais favorável também. E aí tem o tema da reforma trabalhista e vários outros temas que estão impactando”, disse.

A reforma trabalhista foi sancionada durante a gestão de Michel Temer em 2017 com o objetivo de modernizar as relações de trabalho. Com as mudanças, foram privilegiadas as negociações diretas entre empregadores e funcionários. Já em 2019, no governo Bolsonaro, foi sancionada a reforma da previdência, que trouxe mudanças na idade mínima, tempo de contribuição e cálculo de benefícios.

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O presidente do BC apontou que vários indicadores ajudaram a melhorar o cenário, como o menor tempo para abertura e fechamento de empresas e a contratação de crédito. Segundo levantamento divulgado em setembro pelo Mapa de Empresas, por exemplo, ferramenta online mantida pelo governo federal, o tempo médio para abertura de empresas no país é de 1 dia e 5 horas. Em 2022, a abertura de uma empresa no país levava em média 23 horas, considerando os dados consolidados entre janeiro e agosto daquele ano. Abrir um novo negócio em 2019 chegava a demorar mais de quatro dias.

“A gente consegue ver várias coisas microeconômicas que podemos ver melhoras. Acho que agora os economistas estão se debruçando para tentar entender o que significa isso. Acho que muito provavelmente a conclusão, que a gente já tem dito há algum tempo, é que o crescimento estrutural está um pouco melhor”, afirmou Campos Neto.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]