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Rio de Janeiro – As regiões produtoras de bens de capital ou vinculadas ao setor agrícola apresentaram os melhores desempenhos regionais da indústria em março. Os estados da região Sul mostraram bons resultados, impulsionados pela reação da agricultura, cuja crise abalou a economia local em 2005 e no ano passado. Das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE, 8 mostraram aumento na produção em março ante fevereiro, e 11 ante março do ano passado. A produção brasileira cresceu 1,2% em março ante fevereiro e 3,9% ante março de 2006.

A indústria de Minas Gerais, segundo maior impacto de alta (atrás de São Paulo), cresceu respectivamente 5,3% e 7,8%, puxada por automóveis e metalurgia. O Paraná, que representou a terceira maior contribuição para a média nacional, teve a maior alta no país na comparação com março de 2006, puxado pela produção de alimentos e de adubos e fertilizantes, entre outros.

No Rio Grande do Sul, o quarto principal impacto, a produção aumentou 7,4%, impulsionada por máquinas e equipamentos para o setor agrícola, autopeças e automóveis. A economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes, sublinhou que, no acumulado do primeiro trimestre deste ano, as principais acelerações de crescimento, em relação ao quarto trimestre do ano passado, ocorreram nos estados da região Sul, sob impacto do setor agrícola e de bens de capital.

O Rio Grande do Sul, por exemplo, que tinha registrado expansão de 1,4% no quarto trimestre de 2006, cresceu 6,4% no primeiro trimestre de 2007. Por sua vez, alguns estados das regiões norte e nordeste puxaram para baixo o desempenho da indústria no acumulado do ano. No primeiro trimestre, o Ceará acumulou recuo de 4,2%, especialmente por causa de paralisação no segmento de petróleo. No Amazonas, a queda acumulada foi de 2,5%. Isabella explicou que 40% da indústria amazonense são de material elétrico e comunicações e houve, mais uma vez, recuo na produção de telefones celulares e televisores.

Segundo ela, o Amazonas tem sido prejudicado também, nos resultados, pela base de comparação elevada do ano passado, quando, no primeiro trimestre, cresceu 9,3% ante o primeiro trimestre de 2006.

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