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Os bancos europeus correm o risco de fragmentar o mercado financeiro ao se desfazerem de mais ativos na tentativa de atender até junho aos níveis mais altos de capital mínimo, disse nesta terça-feira (27) o regulador bancário da União Europeia, segundo informações da Reuters.

"Existe o risco de que a desalavancagem do setor bancário da UE nos deixe com um mercado financeiro mais segmentado", disse o presidente da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), Andrea Enria, em uma conferência em Bruxelas que reuniu reguladores financeiros da região.

A UE está transformando em lei um acordo global sobre capital bancário, conhecido como Basileia 3, mas alguns países querem maior flexibilidade, argumentando que nem todos os 8 mil concessores de crédito do bloco têm o mesmo modelo de negócio. Em dezembro de 2011, a EBA pediu aos bancos europeus que ampliassem a base de capital em um total de 115 bilhões de euros.

O acordo Basileia pede aos bancos que mantenham o capital principal em um nível equivalente a pelo menos 7% de seus ativos de risco ponderado até 2019. Enria disse que bancos do centro e do leste da Europa controlaram seus empréstimos, levando a uma retração em mercados nacionais. Segundo ele, uma maneira de lidar com o problema seria organizar uma instalação pan-europeia que emprestasse diretamente aos bancos, permitindo a eles acessar o financiamento sem ter que passar pelos governos nacionais.

Isso contrasta com o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês), fundo de resgate europeu procurado pelos governos de Grécia, Portugal e Irlanda para lidar com a crise financeira.

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