O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn, insistiu neste sábado (16) que a Rússia deve participar do resgate do Chipre, prolongando os prazos das dívidas ou cortando juros de empréstimos feitos ao país. Os comentários de Rehn coincidem com sua visita à Moscou, onde participa do encontro de dois dias de ministros de Finanças do G-20, grupo que reúne as principais nações industrializadas e emergentes do mundo.
"Certamente seria útil se a Rússia fosse capaz e tivesse o desejo de dar uma contribuição financeira", disse. "É natural que a Rússia, tendo laços econômicos e financeiros estreitos com Chipre, faça dê sua contribuição", completou.
Apesar de o produto interno bruto (PIB) do Chipre, em torno de 17,8 bilhões de euros, representar cerca de 0,2% da economia da zona do euro, os problemas da ilha poderiam afetar todo o bloco.
Os bancos do Chipre precisarão de 5,9 bilhões de euros a 8,8 bilhões de euros em novos fundos, segundo relatório divulgado esta semana pela gestora de ativos Pacific Investment Management Co.(Pimco).
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Igor Shuvalov, disse ontem que o governo russo não vê a necessidade de oferecer novo empréstimo ao Chipre como parte de um resgate internacional, a menos que os problemas financeiros da ilha se tornem uma fonte de instabilidade para o resto da Europa e os mercados financeiros mundiais.
Os cipriotas escolhem neste domingo o sucessor do último presidente comunista da Europa, Dimítris Christófias, em uma eleição que deve definir o futuro do país. As informações são da Dow Jones.
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