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Apesar de receber dois lançamentos este ano – o Megane sedã, em março, e a versão perua, em setembro – a grande expectativa da fábrica da Renault/Nissan gira em torno do início da produção do Logan, prevista para março de 2007. O sedã, sucesso de vendas na Romênia, onde é fabricado sob a marca Dacia, deve entrar na briga pelo mercado de carros populares.

É basicamente do Logan que a fábrica depende para reduzir sua ociosidade, hoje em torno de 70%. No limite, operando em três turnos, o Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, pode produzir cerca de 250 mil veículos por ano – mas no ano passado foram apenas 70,8 mil unidades, número que deve ter leve aumento em 2006. Os atuais 2,9 mil funcionários da unidade trabalham em apenas um turno – o segundo será aberto no ano que vem.

O desafio da fábrica paranaense é grande. O presidente mundial da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, anunciou em fevereiro investimentos para a produção de cinco novos modelos até 2009, e a empresa trabalha com a expectativa de vender 20% mais neste ano. O problema é que, em todo o primeiro semestre, o crescimento não chegou a 1%.

Mesmo assim, o consultor David Wong, da Kaiser Associates, vê com otimismo as possibilidades da Renault. "Hoje as vendas estão estáveis, mas devem melhorar no ano que vem." Outros analistas estão mais cautelosos. "A Renault veio ao Brasil com a missão de ser grande, mas o consumidor não parece ter concordado com isso. O design dos carros não caiu no gosto do brasileiro, e isso pode se repetir com o Logan, que tem concorrentes de peso como o Peugeot 206", diz Richard Dubois, especialista no mercado automotivo.

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