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Ghosn, presidente da Renault: investimento mantido. | Rodolfo BUHRER/Divulgação
Ghosn, presidente da Renault: investimento mantido.| Foto: Rodolfo BUHRER/Divulgação

O presidente mundial da Aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, anunciou nesta terça-feira (2) a fabricação de dois novos veículos na fábrica da Renault em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Os modelos serão vendidos a partir de 2017 e incrementarão o portfólio de utilitários esportivos da marca, segmento que mais cresce no Brasil. Entre eles estão o compacto Kwid, que substituirá o Clio como carro de entrada da marca, e o SUV compacto Captur. Além deles, o país receberá o modelo de maior porte Koleos, que virá inicialmente importado da Coreia do Sul e poderá ser fabricado na Argentina.

O executivo não revelou o valor dos investimentos feitos na planta para a fabricação dos novos produtos e nem disse quantos postos de trabalho serão criados, já que estes estão atrelados ao ritmo da recuperação do mercado brasileiro. Entretanto, a montadora confirmou a manutenção de um ciclo de aportes na ordem de R$ 500 milhões iniciados em 2014.

No acumulado do ano, a venda de automóveis caiu 24,7%, mas houve o esboço de uma possível reação em julho, quando os emplacamentos tiveram uma alta de 5,6%. “O Brasil deve fechar o ano com dois milhões de carros vendidos, mas se voltarmos aos patamares de anos anteriores, quando chegamos aos 3,6 milhões, poderemos contratar mais pessoas”, declarou ele.

A escolha dos SUVs como “motores” para o crescimento da Renault se deve ao sucesso da categoria no Brasil. Segundo Ghosn, o segmento responde por 15% do mercado consumidor, mas há a projeção de que essa fatia se amplie em 25% nos próximos anos. Por meio dos lançamentos, a marca quer aumentar o market share de 7,37% para 8% em até dois anos. No entanto, a meta é conquistar 10% das garagens brasileiras.

Para a produção do compacto Kwid, que será vendido como utilitário de entrada da marca, a fabricante trouxe ao país uma nova plataforma. O Brasil é o segundo a recebê-la, depois da Índia, e poderá usá-la como base para outros produtos. Entre os motores que irão equipá-lo está um inédito 1.0 de três cilindros feito exclusivamente pela montadora. Já o Captur terá a mesma base do Renault Duster, modelo com o qual conviverá lado a lado nesse segmento.

Participação no mercado

A Renault responde hoje por 7,37% do mercado brasileiro de veículos e comerciais leves. No acumulado do ano, a montadora emplacou 83.253 modelos, segundo a Federação das Concessionárias (Fenabrave). O número é 26,7% menor que o mesmo período de 2015, quando licenciou 105.465 carros.

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