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Além de aumentar sua fatia de mercado, a Renault do Brasil quer reduzir a ociosidade da fábrica paranaense. No ano passado, a empresa produziu cerca de 80 mil veículos, aproximadamente 30% da capacidade total do Complexo Ayrton Senna (incluindo os modelos da Nissan), que é de 250 mil carros por ano. Se tudo correr como esperado por seus executivos, a ocupação deve passar a 90% até 2009.

Com o crescimento das vendas no mercado interno (a Renault espera fechar o ano com 73 mil carros vendidos, número 41% superior ao de 2006) e o avanço das exportações (na contramão das rivais, a marca deve exportar 30% a mais em 2007), o volume produzido já está subindo. Neste ano, devem ser fabricadas 120 mil unidades no Paraná (48% da capacidade total), volume que deve subir para 170 mil em 2008 (68%) e 223 mil em 2009 (90%).

Com menos ociosidade, o custo de produção de cada veículo deve cair, e a Renault deve atingir em 2008 o chamado "break-even", ponto de equilíbrio em que receitas e despesas se equivalem. O primeiro lucro no Brasil é projetado para 2009, exatamente dez anos depois dos primeiros veículos chegarem às concessionárias. No mercado mundial, as metas são bem mais ambiciosas. Segundo anunciou ontem o presidente mundial, Carlos Ghosn, a margem de lucro operacional está em 3%, dentro das metas, e deve passar a 4% em 2008 e 6% em 2009 – um recorde entre as montadoras com origem na Europa.

O presidente da Renault do Brasil, Jérôme Stoll, enumerou três desafios e quatro vantagens da operação brasileira da marca. Entre os desafios, estão a redução dos custos de funcionamento da fábrica, a superação das dificuldades do setor de autopeças – que sofre para acompanhar a demanda das montadoras – e o câmbio desfavorável para a exportação. Do lado das vantagens, Stoll disse que a fábrica brasileira é uma das mais modernas do grupo, o ambiente econômico do país é estável, o mercado interno está extremamente aquecido e a Renault está próxima do gosto dos brasileiros. (FJ)

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