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A alta recente dos preços dos produtos agrícolas deve injetar pelo menos R$ 6 bilhões de renda no campo neste ano, segundo os cálculos do Ministério da Agricultura. Consultorias privadas preveem um acréscimo de até R$ 12 bilhões na receita em relação às previsões iniciais, que apontavam queda de 7%. Nos últimos 30 dias, as cotações de soja, algodão e açúcar, por exemplo, subiram 13%, 22%, 18%, respectivamente, nas bolsas internacionais. A recuperação de preços trouxe de volta otimismo ao campo e abriu perspectivas mais favoráveis para o plantio da próxima safra.

Em setembro, com o agravamento da crise financeira, os preços das commodities desabaram e as projeções da receita agrícola para este ano também. O Ministério da Agricultura chegou a projetar no início do ano que a renda das lavouras poderia chegar a R$ 150 bilhões em 2009. Agora, prevê que a receita atinja R$ 156 bilhões, resultado apenas 3% menor do que o obtido em 2008, revela um estudo do Ministério da Agricultura a que o Estado teve acesso e será divulgado amanhã.

"A tendência é de que a renda agrícola de 2009 não sofra uma queda tão grande quanto se previa inicialmente e possa até se igualar à do ano passado, que foi recorde", afirma o coordenador-geral de Planejamento do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques. Em 2008, a renda de 20 produtos agrícolas somou R$ 161,1 bilhões. O que está puxando para cima a receita são os preços, diz. Ele observa que os dados da receita de abril refletem apenas parcialmente esse movimento porque as cotações consideradas são as de março e a escalada das commodities ganhou força em abril.

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